Boa Vista (RR)– Entre a noite de segunda-feira (16/12) e a tarde de terça-feira (17/12), o Comando Conjunto CATRIMANI II interditou dois aeródromos clandestinos utilizados por garimpeiros. Os alvos foram as pistas Couto Magalhães e Valmor, situadas na área conhecida como Garimpo do Rangel. As detonações das pistas com explosivos tiveram como objetivo principal reduzir a capacidade logística da mineração ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY).
As tropas empregaram equipamentos especiais para o reconhecimento e monitoramento dos alvos, garantindo a continuidade das operações durante toda a noite. O uso de Equipamentos de Visão Noturna (EVN) foi crucial para a missão, demonstrando a necessidade de treinamento avançado dos militares envolvidos.
Apesar das dificuldades de acesso, os militares foram infiltrados por helicóptero utilizando a técnica de Fast Rope (descida rápida por cordas), que dispensa o pouso da aeronave. As operações contaram com o suporte das aeronaves UH-15 “Super Cougar”, da Marinha do Brasil, e HM-4 “Jaguar”, do Exército Brasileiro.
Denominada Flecha Noturna II, a ação envolveu militares das três Forças Armadas. As etapas incluíram vigilância e reconhecimento da área, segurança do local de desembarque, preparação e detonação do material explosivo no primeiro alvo durante a noite, deslocamento para o segundo alvo e sua posterior destruição durante o dia. Por fim, ocorreu o retraimento seguro das tropas.
A Operação Catrimani II é uma ação integrada entre órgãos de segurança pública, agências governamentais e Forças Armadas, coordenada pela Casa de Governo no Estado de Roraima. A iniciativa segue os termos da Portaria GM-MD nº 1.511, de 26 de março de 2024, com o objetivo de reprimir o garimpo ilegal, ilícitos transfronteiriços e crimes ambientais na TIY.