O município de Oeiras do Pará, na Ilha do Marajó, recebeu no último final de semana uma Ação-Cívico Social (Aciso) coordenada, pela primeira vez, pela Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira (FAB).
Aproximadamente 60 profissionais de saúde, entre eles, os militares do Hospital Geral de Belém (H Ge Belém), realizaram cerca de 1.300 atendimentos médicos e odontológicos, nos dois dias, a bordo do Navio Auxiliar Pará (NA Pará).
Foram registrados aproximadamente 2.600 procedimentos, entre eles, os de enfermagem, e a realização de exames laboratoriais e de imagens. Além disso, nos dois dia de ação foram distribuídos um pouco mais de 13.200 medicamentos.
A diretora do H Ge Belém, tenente-coronel Dinalva, destaca que a que soma de capacidades é uma forma eficaz de atender às necessidades da população.
“Esta ação foi uma Aciso de interoperabilidade coordenada pelas três Forças, com o objetivo de prestar atendimento à população ribeirinha do baixo Marajó. Devido à união das capacidades das três forças pudemos levar especialistas para fazer atendimento mais rápido”, destacou.
A ação também foi um marco para a saúde do município, que em dois dias sediou a realização de 16 cirurgias feitas por médicos militares das três Forças Armadas.
“É muito importante a vinda das três Forças Armadas no município, pois dá suporte de fazer uma cirurgia no Hospital.
Esses pacientes poderiam ir para outro município, mas está se resolvendo aqui. Daí a importância da parceria, que conseguiu trazer o Navio para o Marajó”, afirmou o diretor do Hospital Municipal, José Maria Andrade.
A moradora do município, Maria Edilene Cardoso, levou as duas filhas com sintomas de dores abdominais para as consultas com pediatra. Ela celebrou a possibilidade de ser atendida por especialistas sem sair do domicílio. “Já consultei na cidade e não deu nada. Então, eu corri para o Navio. Consultei elas e a doutora passou exame, deu encaminhamento, passou remédio. Eu acho boa essa iniciativa, melhor do que a gente sair para outra cidade. Tô satisfeita porque consegui fazer o que vim buscar”, afirmou Maria.
A Aciso também contou com a participação de médicos residentes da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da ONG Amigos Voluntários do Pará, que promove ações educativas contra o escalpelamento.
Além de conscientizar sobre o risco do acidente nas embarcações, a ONG também acolheu voluntárias interessadas em doar o cabelo. Foi o caso da dona de casa Maria Delma Tenório, que levou a filha Amanda, 13 anos, para colocar em prática um gesto de ajuda ao próximo.
“Aqui em Oeiras eu encerro a missão com a sensação de dever cumprido, pelo gesto da mãe e da filha. É muito importante quando a gente consegue sensibilizar alguém. Que isso se multiplique”, finalizou a diretora da ONG, Olinda Guedes.
*com informações da assessoria