EDITORIAL

Profissionais de saúde do Exército em Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira são heróis na pandemia
Os hospitais de guarnição do Exército em Tabatinga, na tríplice fronteira (Brasil, Peru e Colômbia), e São Gabriel da Cachoeira (fronteira com a Colômbia e Venezuela), são a vanguarda do combate ao coronavirus no Amazonas Profundo. Eles recebem auxílio de pouco mais de R$ 3 milhões anualmente do Governo do Amazonas e o restante de sua receita provém do Governo Federal. Praticamente todo o corpo de saúde desses hospitais é de militares que lutam, incansavelmente, contra a pandemia atendendo os indígenas e ribeirinhos amazonenses das áreas mais distantes da floresta. 
 
Em Tabatinga, os indígenas Tikuna, uma população de mais de 60 mil pessoas, tem sofrido com o mortal virus, o mesmo acontecendo com as 23 etnias da Cabeça do Cachorro (município de São Gabriel da Cachoeira), onde está a maior concentração étnica do planeta em floresta tropical. 
Médicos, enfermeiros e demais profissionais das forças armadas que atuam nessas guarnições são os guardiões da vida na Amazônia Ocidental, sob a jurisdição do Comando Militar da Amazônia (CMA), que tem à frente o general de Exército Estevam Theophilo como comandante geral, com seu quartel general em Manaus. 
 
Mesmo com Lockdown decretado em São Gabriel da Cachoeira, onde há mais de 50 mil indígenas,  e com centenas de mortes pelo coronavirus no Alto Solimões e no Alto Rio Negro, não fosse o trabalho dos militares da área de saúde, a situação seria um apocalipse étnico; em função da baixa imunidade dos indígenas dessas regiões, onde um resfriado mata, imagine caro leitor (a) o Covid-19 nesta pandemia arrasadora. Se o Brasil tem heróis, os profissionais da saúde do Exército Brasileiro em Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira fazem parte da galeria dos mais honrados.

Texto:  Antonio Ximenes / Diretor

Fotos: Reprodução

Post Author: Agro Floresta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *