Érico Lopes Veríssimo nasceu em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, em 17 de dezembro de 1905. Seus pais eram de uma família abastada e tradicional, mas perderam grande parte dos bens, fazendo com que Érico começasse a trabalhar bem cedo para ajudar a família.
Seu interesse pela literatura sempre foi claro, fã de clássicos como Aluísio de Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Coelho Neto, Oswald de Andrade e Mario de Andrade.
Quando se tornou sócio da Pharmacia Central, em 1926, o negócio acaba falindo quatro anos depois, se tornando um dos momentos cruciais para alavancar sua carreira literária, pois com isso, ele decide voltar à Porto Alegre, lugar onde estudou, e viver de seus escritos.
Nessa época, chegou a se envolver com escritores renomados, sendo contratado para ocupar o cargo de secretário de redação da “Revista do Globo”. Depois sendo promovido a diretor da revista e indicado para gerente do departamento editorial da “Livraria do Globo”. Além disso, colaborou nos jornais “Diário de Notícias”, “Correio do Povo” e foi eleito presidente da Associação Rio-Grandense de Imprensa.
Com a censura do início da década de 40, mudou-se para os Estado Unidos, lá lecionava Literatura e História do Brasil no Mills College, em Oakland, Califórnia. Dessa instituição, recebeu o Título Doutor Honoris Causa e ocupou o cargo de Diretor do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana em Washington, até 1956.
Em 1975, com 69 anos, Érico acabou falecendo em Porto Alegre, vítima de um infarto.
Dentre seus maiores sucessos estão: Olhai os Lírios do Campo, As aventuras do avião vermelho, O Tempo e o Vento (3 volumes) e Clarissa. Ele escreveu contos, romances, novelas, ensaios, literatura infanto-juvenil, biografias, autobiografias e traduções.
Algumas de suas obras, também foram adaptadas para o cinema e televisão, sua trilogia “O tempo e o vento” tornou-se uma série televisiva, apresentada pela Rede Globo em 1985, sob direção de Paulo José.
Por sua vasta obra literária, ganhou diversos prêmios, como o Jabuti, o Juca Pato, o do PEN Clube e o da Fundação Moinho Sensatista.
“Em geral quando termino um livro encontro-me numa confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra mais tarde, quase sempre penso ‘Não era bem isto o que queria dizer’.”
Érico Verissimo