Neste sábado (8), ocorre em todo o Brasil o Dia D contra a Poliomielite. Cidades de todo o país realizarão mutirões para reduzir o quantitativo de crianças não vacinadas e, assim, reforçar medidas para a erradicação da doença. A campanha deste ano foi lançada pelo Ministério da Saúde no último dia 27 de maio e vai até 14 junho. A meta de 2024 é imunizar, no mínimo, 95% do público-alvo – cerca de 13 milhões de crianças menores de 5 anos de idade.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, destaca a importância da imunização. “Graças à vacinação, a poliomelite não faz mais parte do nosso cenário epidemiológico, tendo o último caso confirmado em 1989. Embora tenhamos eliminado a doença em nosso país, ela ainda existe no mundo e por isso é muito importante que os pais levem seus filhos para tomar a vacina e garantir a saúde das crianças”, declarou.
A secretária Ethel será uma das representantes da pasta no Dia D em Vitória (ES). Paralelamente, o diretor de Programa da secretaria, Rivaldo Cunha, estará no Rio de Janeiro e o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, em Belo Horizonte.
Cobertura vacinal
Em 2022, 77% das crianças com menos de um ano receberam a dose da VIP (vacina inativada poliomielite). Já em 2023, o número saltou para 84,63%, de acordo com dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
Dia da Imunização
Também neste final de semana, no dia 9 de junho, é celebrado o Dia da Imunização. A data faz referência à importância da vacinação em todas as etapas da vida, além de reforçar o benefício para a saúde coletiva.
Atualmente, o DPNI do Ministério da Saúde oferta mais de 40 tipos de imunobiológicos no Sistema Único de Saúde (SUS). No Calendário Nacional de Vacinação, não só crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas são contemplados com as doses.
Em 2023, foi registrado um aumento nas coberturas vacinais de 13 dos 16 principais imunizantes do calendário infantil do SUS, em relação a 2022. O resultado, obtido com dados de todo o país, consolida a reversão da queda dos índices vacinais enfrentada pelo Brasil desde 2016.
Recursos investidos
O Ministério da Saúde autorizou, neste ano, um recurso adicional de R$ 150 milhões para a operacionalização da Estratégia de Vacinação nas Escolas, da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e para o Monitoramento das Estratégias de Vacinação (MEV) contra a poliomielite e o sarampo no Brasil.
Além disso, mais de R$ 6,5 bilhões foram investidos, no ano passado, para a compra de imunizantes e a previsão é que esses recursos alcancem R$ 10,9 bilhões em 2024. Também ocorrem de forma automática os repasses administrados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) transferidos fundo a fundo.
*com informações da assessoria