Defesa atenderá cerca de nove mil indígenas da etnia Xavante

Trata-se de mais uma ação interministerial das Pastas da Defesa e da Saúde, desta vez na região Centro-Oeste do Brasil, levando assistência médica e insumos para auxiliar a população indígena

Em continuidade às ações de combate à pandemia da COVID-19, começou, a primeira fase da Missão Xavante. Trata-se de mais uma ação interministerial das Pastas da Defesa e da Saúde, desta vez na região Centro-Oeste do Brasil, levando assistência médica e insumos para auxiliar a população indígena.

Nessa primeira fase, que vai até domingo (2), a estimativa é atender cerca de nove mil indígenas da etnia Xavante, que vivem nas aldeias localizadas no entorno dos Polos Bases de São Marcos e Campinápolis. Os Polos fazem parte do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xavante, situado em Barra do Garças, no estado do Mato Grosso.

Para isso, estão sendo deslocados para a região 24 profissionais de saúde das Forças Armadas, oriundos de Hospitais e Organizações Militares de Curitiba (PR), do Rio de janeiro (RJ) e de Brasília (DF). São médicos clínicos gerais, ginecologistas obstetras, infectologista, pediatras, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que reforçarão o atendimento médico local realizado pelas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena do DSEI Xavante.

Também, serão transportadas cerca de três toneladas de insumos de saúde. Na carga, medicamentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e testes para Covid-19 enviados pelo Ministério da Saúde, para abastecer a primeira fase da missão e os Polos Bases do Distrito.

Presente no momento do embarque da missão na Base Aérea de Brasília (ALA 1), o Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, General de Exército Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, destacou que se trata de uma operação na qual não há possibilidade de erro.

“Vamos levar o melhor apoio de saúde para as comunidades indígenas. Para isso, trabalhamos juntos: nós, Forças Armadas, a Secretaria Especial de Saúde Indígena e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), sempre com uma preocupação grande com a revisão sanitária, para que possamos entrar saudáveis e com tranquilidade nas terras indígenas e fazer, assim, o melhor para essa população que carece de ajuda nesse momento de pandemia”, disse.

A base da operação será em Aragarças (GO), onde está situado o 58º Batalhão de Infantaria Motorizado. De lá, graças ao apoio aéreo de dois Helicópteros do Exército Brasileiro, os profissionais de saúde irão deslocar-se, diariamente, para os locais pré-estabelecidos pela coordenação da missão, conforme as necessidades demandadas na região e acordadas com as lideranças indígenas locais.

“Vamos levar o melhor apoio de saúde para as comunidades indígenas. Para isso, trabalhamos juntos: nós, Forças Armadas, a Secretaria Especial de Saúde Indígena e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), sempre com uma preocupação grande com a revisão sanitária, para que possamos entrar saudáveis e com tranquilidade nas terras indígenas e fazer, assim, o melhor para essa população que carece de ajuda nesse momento de pandemia”, disse.

A base da operação será em Aragarças (GO), onde está situado o 58º Batalhão de Infantaria Motorizado. De lá, graças ao apoio aéreo de dois Helicópteros do Exército Brasileiro, os profissionais de saúde irão deslocar-se, diariamente, para os locais pré-estabelecidos pela coordenação da missão, conforme as necessidades demandadas na região e acordadas com as lideranças indígenas locais.

“Vamos nos dirigir para Campinápolis e São Marcos nessa primeira semana. Depois, as operações se estenderão até o dia 16, com atendimentos a outros povos e a outras aldeias da região”, explicou o Secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva.

O atendimento médico especializado que será prestado na ação evita o deslocamento dos indígenas para os grandes centros nessa época de pandemia. Além disso, a realização dos testes rápidos para COVID-19 ajudará no diagnóstico da infecção causada pelo novo coronavírus nas Terras Indígenas da etnia Xavante. Os indígenas receberão tratamento para os sintomas leves da doença e orientação sobre isolamento social e uso de EPI para o enfrentamento da pandemia.

Oriundos das três Forças coirmãs, o Guarda-Marinha João Victor Pimentel Xavier, a Tenente do Exército Camila Bento Silva, e o Tenente da Força Aérea Guilherme Rodrigues de Souza Mattos também vivem em cidades diferentes, mas seguem juntos na missão, focados no mesmo objetivo: oferecer o melhor de si para ajudar as comunidades Xavantes na luta contra a COVID-19.

“A minha expectativa é de ajudar muita gente e vivenciar uma experiência única. Estou há seis meses na Marinha do Brasil e fui voluntário para a missão”, disse João Victor, que serve na Escola de Aprendizes de Marinheiros do Espírito Santo.

Guilherme é médico do Hospital da Força Aérea, no Rio de janeiro, e trabalha na linha de frente no combate ao novo coronavírus. Já contraiu a doença e, assim que ficou curado, voltou para a emergência e fez questão de participar da missão.

Pela primeira vez em uma atividade de cunho social, a Aspirante a Oficial Rafaela Mafaciolli, infectologista do Hospital Militar de Porto Alegre e recém-chegada às fileiras do Exército, pretende colocar sua experiência em terapia intensiva, controle de infecção e avaliação de pacientes em prol da comunidade Xavante.

“Essa é mais uma ação para fortalecer o atendimento de saúde para aqueles que mais precisam”, disse a militar médica pouco antes do embarque.

Para o Tenente Anderson Clayton Sant’Anna, clínico geral que atua no 5º Batalhão de Suprimentos, em Curitiba, a participação na missão Xavante e o amor pela profissão se potencializaram pela sua origem familiar.

“Minha expectativa é bastante alta! Não só por estar em missão real em um momento tão complicado mundialmente, mas também devido às minhas raízes: a minha bisavó era Xavante e a minha mãe nasceu em Poxoréu, município do Mato Grosso rodeado por aldeias indígenas. Vou conhecer a região onde elas nasceram e ajudar aquela comunidade tão carente”.

A segurança das populações indígenas é condicionante básica para a missão. Dessa forma, são adotados protocolos rígidos de saúde. Todos os integrantes da missão devem apresentar o exame molecular de RT-PCR negativo, sendo que, a partir do momento da coleta, os mesmos passam a ficar em quarentena. Além disso, antes do embarque para as Terras Indígenas, são realizados testes rápidos imunológicos (IgM e IgG) e uma inspeção sanitária para comprovar a ausência de sinais e sintomas que possam sugerir a COVID-19.

Em função da extensa área de abrangência populacional e territorial, a missão Xavante de apoio às comunidades indígenas da região Centro-Oeste do País será dividida em três fases. As próximas etapas estão previstas para acontecer de 3 a 9 de agosto, na área do Polo Base Sangradouro, e de 10 a 16 de agosto, no Polo Base Marãiwatséde do DSEI Xavante.

Operação Covid-19
O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate ao novo coronavírus. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia.

As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas podem ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determina a melhor forma de atendimento

Texto com informação da Assessoria

Fotos: Divulgação

Post Author: Agro Floresta

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