CONDEFESA Amazônia e ABIN promovem seminário sobre proteção do conhecimento em Manaus

O Conselho de Desenvolvimento da Indústria de Defesa da Amazônia (CONDEFESA), em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e o Ministério da Defesa, realizou hoje (11/12) o Seminário de Proteção do Conhecimento. O evento tem como objetivo capacitar empresas amazonenses para proteger seus ativos tangíveis e intangíveis.

Com a participação de convidados renomados, como a Coordenadora-Geral do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Defesa do Ministério da Defesa, Fernanda Graças Corrêa, o Superintendente da ABIN no Amazonas, Edwin Lang, e o Oficial de Inteligência Roberto Tanabe, as palestras destacaram a importância da aplicação estratégica da inteligência e da proteção do conhecimento no setor empresarial e para o país.

A cibersegurança foi apontada como um dos principais focos de aprimoramento, garantindo que a soberania nacional se mantenha resguardada por um sistema robusto e à prova de invasores, como os chamados “hackers”. A Coordenadora-Geral Fernanda Corrêa ressaltou a importância de aplicar a ética no uso de novas tecnologias, destacando o cenário global:

 

“A gente não usa, mas o nosso adversário usa inteligência artificial sem qualquer limite. E a gente vai se defender dele como? A gente também não pode utilizar. Então, são coisas que a gente ainda precisa debater, conversar com a sociedade, com a indústria, com os políticos, com o Legislativo, enfim, para ver de que forma a gente pode fazer uso da ética sem prejudicar nossa cadeia produtiva.”

Para o comércio internacional, o Brasil apresenta grande potencial de crescimento tecnológico, mas enfrenta sanções externas que limitam o desenvolvimento de inteligência. De acordo com o Oficial de Inteligência Edwin Lang:

 

“O Brasil, como toda nação de grande porte e com uma economia que participa do comércio internacional, dos acordos internacionais, tem todas as condições e todo o potencial para desenvolver tecnologias de ponta em qualquer ramo da sua ciência, da sua tecnologia de defesa e do agronegócio. Então, é importante que as instituições saibam preservar e proteger o conhecimento sensível e os desenvolvimentos tecnológicos dos nossos institutos de pesquisa, das nossas organizações de defesa e das nossas instituições acadêmicas.”

 

O presidente do CONDEFESA Amazônia, Omar Zendim, também destacou a relevância do tema:

 

“A ideia é fortalecer a base industrial de defesa aqui na Amazônia, contribuindo com o trabalho da Federação das Indústrias, do Centro das Indústrias. No caso do evento de hoje, trata-se de uma iniciativa importante para fortalecer a mentalidade de contrainteligência, particularmente das empresas estratégicas, que devem ter uma atenção especial quanto à proteção do conhecimento.”

Texto: Ryan Jatahy

Fotos: Emelin López

Edição: Beatriz Costa

Post Author: Beatriz Costa

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