Altamira (PA) – OS capacetes azuis são a representatividade de tropas que atuam em Missões de Paz. Mas para alcançar tal capacidade é preciso treinamento, desenvolver habilidades, praticar o diálogo e estar sempre de prontidão.
Capacidades que a Companhia de Reação Rápida (QRF, sigla em inglês) do Comando Militar do Norte desenvolve por meio do Exercício Avançado de Operações de Paz (EAOP).
No total, 180 militares da 23ª brigada de infantaria de selva participaram do adestramento.
“Essa é uma das missões mais nobres que um soldado pode vir a cumprir. Por exige um preparo todo especial. Uma preocupação com a população, com o país que está sendo desdobrado”, destacou o General Veiga, Comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva.
Uma exigência da ONU é a inclusão de pelo menos 9% de militares do segmento feminino no efetivo. Desta forma, 16 mulheres integram a QRF do CMN, inclusive como comandantes de fração. Um dos exemplos é a Tenente Ávila, comandante do Pelotão de Apoio e Logística da QRF.
“É uma oportunidade para mostrar que a gente consegue acompanhar fisicamente (as missões), evoluímos fisicamente durante a semana, os exercícios são eficientes. Então estamos preparadas para carregar a nossa mochila e manejar o nosso fuzil como qualquer militar”.
Os exercícios foram realizados na área da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu e no 51º Batalhão de Infantaria de Selva, em Altamira, ambos municípios do estado do Pará, região da Amazônia Brasileira.
A gestão do adestramento é da Divisão de Missão de Paz, do Comando de Operações Terrestres – COTER e a avaliação e certificação fica a cargo do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil – CCOPAB. “Esta certificação começou já há alguns meses, quando equipes do CCOPAC vieram para Altamira e conduziram instruções para os comandantes de todos os níveis da QRF e para o Estado-Maior, procurando incorporar nos treinamentos que eles já têm de operações na selva com o que a gente chama de ‘pacote azul’ que são as doutrinas da ONU.
A Companhia foi muito bem. Percebemos um progresso do ano passado para cá. E hoje a gente pode dizer que o 51 BIS tem uma tropa que atinge e supera os padrões que são exigidos pela ONU no desdobramento em uma missão de paz”, esclareceu o Comandante do CCOPAB, Coronel Vaz.
De acordo com o Comandante do COTER, General Alexandre, esta atividade vem contribuindo não só para desenvolver habilidade coletivas da tropa, mas também individuais. “a gente percebe que do ano passado para cá, muitos militares se interessaram em estudar outros idiomas, principalmente, o inglês, visto que os documentos da ONU são em inglês. E isso é interessante de ver o crescimento e o empenho de todos os militares envolvidos na QRF”, ressaltou.
Desta forma, a companhia de reação rápida do CMN, passa a compor o Sistema de Prontidão de Capacidades de Manutenção da Paz das Nações Unidas, estando apta para atuar em qualquer lugar do mundo.
O Comandante Militar do Norte, General Guilherme, acompanhou alguns exercícios em campo, analisando o poder de reação das tropas diante de situações simuladas. “É uma tropa especializada de selva então as exigências são diferentes, existem vários tópicos a serem abordados e checados. E é uma satisfação muito grande poder constatar o preparo e a dedicação dos integrantes desta subunidade”, concluiu.
*com informações da assessoria