E que tanto orgulho ele tem de usá-la.
A bombacha é a peça principal da indumentária do gaúcho. Originária da Turquia, foi usada na Espanha e após trazida para os países do Prata, foram os comerciantes ingleses a introduzir a bombacha na América do Sul.
A bombacha foi trazida como mais uma mercadoria do comércio mercenário dos ingleses. Surgiu durante a Guerra do Paraguai, 1870, foi o fardamento militar das tropas brasileiras nessa guerra.
São calças largas, fofas e ótimas para a lida campeira à cavalo. Com o tempo foram se modificando, com botões, punhos nos tornozelos, um pouco mais largas e passou a ser a vestimenta do gaúcho. No início ela era usada apenas pelos gaúchos pobres e peões de estâncias.
Os estancieiros preferiam trajes tradicionais, como calças normais. Com o passar do tempo, a bombacha passou a ser a principal roupa do gaúcho, passando a ser a preferida pelos mesmos estancieiros.
O grande líder do exército brasileiro, na Guerra do Paraguai, General Osório, foi um defensor do uso da bombacha e comandou suas tropas vestindo uma.
Na Revolução Federalista, 1893, a bombacha era usada sem qualquer preconceito, inclusive em festas.
No Rio Grande do Sul, a bombacha juntamente com toda a indumentária característica do gaúcho, passou a ser considerada “traje oficial” desde 1989, quando foi aprovada a Lei Estadual da Pilcha.
Toda a veste tradicionalista, tanto feminina como masculina, pode substituir os trajes sociais, em qualquer ocasião formal que ocorra no RS.
A bombacha pode ser feita de brim, linho, tergal, algodão ou tecidos mesclado. Padrão liso, listrado ou xadrez discreto. As cores podem ser escuras ou claras, fugindo sempre de cores agressivas, chocantes e contrastantes.
A pilcha é a indumentária tradicional da cultura gaúcha. É a expressão da nossa tradição cultural e da identidade dos gaúchos. A bombacha é motivo de grande alegria e celebração do nosso pago. Aqui no RS todo o gaúcho que se preze, tem uma bombacha dentro do guarda-roupa.
VIVA A BOMBACHA
(música de Leonardo)
“Viva a bombacha tchê
Viva a bombacha
Não interessa se faz frio
Ou sol que racha.”
Edição: Dulce Maria Rodriguez
Fotos: Reprodução
