O senador Plínio Valério (PSDB), autor do requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigas as Organizações Não Governamentais que atuam na região Norte afirmou que pelo menos 18 ONGs devem entrar na mira nos trabalhos do colegiado.
A declaração foi dada à reportagem nesta terça-feira (18), no Senado Federal em Brasília. O parlamentar preferiu ainda não divulgar a lista de ONGs que serão investigadas, e reafirmou o compromisso da Comissão.
“Nós que somos da Amazônia sabemos o tanto que somos manipulados por essas ONGs que arrecadam dinheiro em nome do caboclo e do índio e esse dinheiro não chega na ponta. As más ONGs serão procuradas por nós na esperança que possamos contribuir para que essa manipulação e manejo do dinheiro seja mais transparente”, afirmou.
Nos bastidores, os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Márcio Bittar (União-AC) já demonstram que querem relatar os trabalhos da CPI. Ex-vice-presidente da República, o agora senador Mourão já comandou a 2ª Brigada de Infantaria de Selva em São Gabriel da Cachoeira (AM) e o Conselho Nacional da Amazônia.
Bittar é representante do Acre, e profundo conhecedor da região, tendo sido deputado federal e membro da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados.
A CPI terá 11 membros titulares e 7 suplentes, a distribuição dos membros obedece os critérios de proporcionalidade dos blocos. Segundo a Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal (SGM), o Bloco Parlamentar Democracia, formado pelo União Brasil, MDB, Podemos, PDT, Rede e PSDB, terá quatro titulares; o Bloco Parlamentar da Resistência Democrática, formado por partidos que fazem parte da base governista – PT, PSB, PSD – também terá quatro titulares; o Bloco Parlamentar Vanguarda, formado pelo PL e Novo, terá duas cadeiras na CPI; e o bloco formado pelo PP e Republicados, terá um membro.