O Comando Militar da Amazônia (CMA) realizou na noite da última quinta-feira (28) a Formatura alusiva aos 65 anos de sua criação. A cerimônia ocorreu no Campo de Parada Coronel Jorge Teixeira, localizado na avenida Coronel Teixeira, Zona Oeste da capital amazonense. Durante a Formatura, foi feita uma homenagem ao busto do Capitão-Mor Pedro Teixeira.
Ao cumprimentar as autoridades civis e militares, o Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Achilles Furlan Neto destacou “Reverenciamos um herói que defendeu a Amazônia e estabeleceu os limites do território nacional, mas em frente ao palanque, encontram-se outros heróis, que representam os 25.550 homens e mulheres que servem no CMA. Eu posso afiançar que esses heróis de hoje fazem um trabalho silente, discreto, mas tão fundamental, quanto aqueles que fizeram no passado e nos tornaram o que somos hoje, em termos de tamanho territorial, donos e soberanos de uma área muito rica e fundamental desse país”.
A comemoração contou com a entrega do Diploma de Amigo do CMA, um momento aguardado no qual personalidades foram reconhecidas pelos relevantes serviços prestados e demonstração de amizade pelo CMA, contribuindo, desta forma, para o cumprimento da missão constitucional do Exército Brasileiro na Amazônia Ocidental. O General Furlan evidencia “65 anos do CMA é algo que muito nos orgulha, nos motiva e faz com que a nossa missão tenha no nosso coração a mais genuína vontade de servir com toda energia. Devido a prudência que a situação sanitária exige, é uma comemoração muito reduzida, peço perdão a todas às autoridades e entidades que tanto colaboram com o CMA e que não estão presentes”.
Uma comitiva formada por membros do judiciário participou da solenidade, entre eles, o Presidente do Superior Tribunal Militar, General de Exército Luis Carlos Gomes Mattos, que lembrou à época em que passou o comando do CMA para o General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas “Há exatos 10 anos atrás, em uma noite como essa, passava o comando do CMA a um grande líder brasileiro, exemplo de soldado. Estava recordando o que aprendi nesses anos de Amazônia, sobre potencialidades que fazem nossa região altamente pensada por todos, e nos obriga a defendê-la e pensar sempre na sua grandeza e na sua defesa. Me sinto orgulhoso de estar presente aqui, trazendo uma comitiva de porta-vozes”.
Devido às restrições impostas pelo novo coronavírus, a formatura foi restrita, com a aferição de temperatura, álcool em gel e uso de máscaras, seguindo as medidas preventivas contra a COVID-19.
Comando Militar da Amazônia
Este Comando Militar de Área foi criado em 27 de outubro de 1956 pelo presidente Juscelino Kubitschek, por meio do decreto nº 40.179, treze anos depois (1969) houve a transferência para Manaus, capital do Amazonas, onde passou por várias transformações até a constituição atual que abrange os estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, em que o CMA é responsável pela atuação da Força Terrestre.
O CMA é um Comando Militar de Área estratégico na região com a maior faixa de fronteira do Brasil sob sua jurisdição, com mais de seis mil quilômetros de faixas de fronteira terrestres, fazendo limite com cinco países sul-americanos e tem como missão conduzir o preparo e o emprego das suas Organizações Militares na área da Amazônia Ocidental. Suas tropas, sempre de prontidão, estão incessantemente envolvidas em ações cujo principal objetivo é a Defesa da Pátria, protegendo suas fronteiras, cuidando do seu povo e preservando a integridade territorial em todos os pontos da nossa abrangente Amazônia.
Capitão-Mor Pedro Teixeira
Nasceu em 1570 em Cantanhede, distrito próximo à cidade de Coimbra, em Portugal. Com ascendência nobre, era cavaleiro da Ordem de Cristo e Fidalgo da Casa Real. Chegou ao Brasil em 1607, aos 37 anos de idade, destacando-se por sua intrepidez e valentia. Pedro Teixeira iniciou sua carreira militar no Brasil como alferes e sua primeira missão em 1614, foi defender o Forte da Natividade de um ataque realizado pelos franceses no Maranhão. Este fato alertou os portugueses para a importância da Amazônia, já tão cobiçada por interesses estrangeiros.
O Capitão Pedro Teixeira, teve como marco de seu apogeu de desbravador, quando foi designado pelo governador do Grão-Pará, para comandar a expedição que iria perpetuar a soberania portuguesa nos limites da Amazônia brasileira. A expedição do General Pedro Teixeira, iniciou em 28 de outubro de 1637, partindo de Gurupá no Pará em direção à Quito no Equador, região de posse espanhola. Após mais de oito meses de viagem, no seu retorno ao Brasil, a margem esquerda do rio Napo, próximo da atual fronteira entre o Peru e o Equador, tomou posse das terras em nome da Coroa Portuguesa e plantou um marco denominado Franciscana.
Fonte: Comando Militar da Amazônia;
Fotos: Divulgação/ Comando Militar da Amazônia;