Chimia é o doce gaúcho que nos traz muita memória afetiva, com diversos sabores de frutas deliciosas

 

Os gaúchos chamam de chimia o que a maioria chama de geléia, o doce que passamos no pão, biscoito, bolo, bolachinha e cuca. A chimia é mais consistente do que a geléia, pois pode ser produzido não só com o suco, mas com a fruta inteira.

Desde a nossa infância aprendemos a gostar de chimia, nossas avós sempre faziam com diferentes frutas e até mesmo de salada de frutas. As avós nos esperavam com um cafezinho e um pão caseiro com chimia, doces lembranças dos tempos que já se foram.

O termo chimia, vem do alemão schmier, que significa “algo pastoso”,  com as condições climáticas do nosso estado aqui no sul do país, algumas frutas aparecem uma vez no ano, então para conservar e podermos saborear por mais tempo, fazem as chimias e as compotas.

A fruta é apurada no açúcar, sem conservantes e possui uma duração de até seis meses.

O segredo da chimia não está nos ingredientes, que envolve apenas a polpa da fruta e o açúcar, mas sim na maneira de apurar o doce, ele fica pronto depois de horas no fogo.

Quando os imigrantes chegaram ao Rio Grande do Sul, se encantaram com a diversidade de frutas que aqui temos.

Temos vários tipos de chimia:

– Uvas e morangos

– Goiaba e hibisco

– Abóbora e mamão

– Salada de frutas

– laranja e bergamota

– Abacaxi e figo

– Abacaxi com pimenta

– Abóbora com coco

E muitas outras chimias de variados sabores.

                                                                          

RECEITA DE CHIMIA DE ABÓBORA

 

Descasque a abóbora, retire as sementes e corte em cubos. Coloque dentro de uma panela juntamente com o açúcar e leve ao fogo, deixando cozinhar com a tampa fechada.

Quando a textura estiver bem mole, amasse a abóbora com uma colher de pau. Deixe cozinhar por mais alguns minutos com a panela destampada, mexa de vez em quando e espere até a água secar e o doce engrossar

Agora é só você apreciar a sua gostosa chimia com um pão quentinho.

Esse doce é uma herança européia que adoça o paladar e a alma dos gaúchos e hoje em dia está presente nos lares tradicionalistas.

Escritora

Márcia Ximenes Nunes Chaiben

Post Author: Márcia Ximenes Nunes

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