O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcou em Manaus neste domingo (17), no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, para cumprir uma agenda voltada à emergência climática. No entanto, sua chegada foi marcada por manifestações contrárias, realizadas por grupos pró-Palestina e ativistas sociais.
Os protestos ocorreram na entrada do aeroporto, onde participantes levantaram críticas à presença de Biden na Amazônia. Segundo os manifestantes, a visita do presidente não se limita às questões ambientais, mas estaria relacionada ao monitoramento de riquezas naturais e à exploração de povos indígenas. “Um presidente que financia o genocídio dos povos originários e a exploração de petróleo não pode ser bem-vindo na Amazônia”, afirmou Vanda Witoto, representante de grupos indígenas.
Os manifestantes também trouxeram à tona a questão do movimento “Palestina Livre”, apontando o papel dos Estados Unidos no conflito no Oriente Médio. Umaia Ismail, fundadora da Sociedade Árabe Palestina do Amazonas, destacou que a política externa americana apoia ações que impactam negativamente populações locais. “Se Biden colabora com a destruição de povos que habitam há milênios a Palestina, como podemos confiar que ele ajudará os indígenas da Amazônia?”, questionou.
As manifestações destacaram preocupações com as políticas armamentistas dos EUA e a desconfiança quanto às intenções de Biden na região amazônica. Apesar dos protestos, o presidente segue com sua agenda de visitas e reuniões sobre preservação ambiental.
Texto:Ryan Jatahy
Foto: Emelin López
Edição: Beatriz Costa