Consumidor islâmico tem no produtor brasileiro um fornecedor confiável de carnes preparadas segundo técnica sagrada de abate
O mercado de carne Halal tem muito potencial de expansão. De acordo com o gerente comercial do Centro de Divulgação do Islã para a América do Sul (CDIAL), Omar Chahine, isso é bastante promissor para a pecuária brasileira, que é vista pelos muçulmanos como fornecedora confiável de produtos halal, por ter normativas de segurança alimentar extremamente rigorosas.
Chahine destaca que o Brasil não tem 100% dos frigoríficos habilitados a exportarem, o que também indica que há espaço para crescimento. Segundo ele, o país tem mão-de-obra qualificada e todas as condições para avançar.
O halal é uma técnica sagrada de abate, descrita no Alcorão. Apenas carnes preparadas segundo essa cartilha podem ser ingeridas por consumidores da religião islâmica, uma comunidade que soma mais de 1,8 bilhão de pessoas no mundo; cerca de 25% da população mundial.
O gerente da CDIAL afirma que a carne halal brasileira pode mirar países como Indonésia, Índia, Paquistão e até mesmo a China, que apesar de não ser uma nação islâmica, possui uma população muçulmana grande.
Além disso, ele disse que países não islâmicos têm aderido a essa proteína por conta das normas de bem-estar animal e sanidade exigidas.
Abate sagrado
Apesar de não ser tão popular no Brasil, cerca de 25% da população mundial compra carnes abatidas no método halal. A participação do Oriente Médio nas vendas brasileiras é grande.
Para que os frigoríficos nacionais possam exportar, são necessárias medidas de certificação e auditoria da planta das indústrias. A sanidade, higiene e armazenamento são importantíssimos na hora de adquirir o documento de certificação.
O abate halal deve ser acompanhado por uma entidade certificadora, que audita a planta frigorífica para que o boi destinado à produção dessa carne diferenciada seja verificado e supervisionado pelo inspetor. A lei islâmica determinada que somente carnes carcaças degoladas por este método sejam exportadas
Texto Dulce Maria Rodriguez com informação do Canal Rural
Fotos: Divulgação