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Capitão-Mor Pedro Teixeira o conquistador da Amazônia

O Exército Brasileiro é herdeiro e continuador dos feitos desse herói da nacionalidade. Hoje celebramos a sua glória, que cresce de projeção na atualidade, diante de tão grandiosos desafios

Marquês de Aquella Blanca  e General de Estado Pedro Teixeira, ficou registrado na história do Brasil como CAPITÃO-MOR PEDRO TEIXEIRA, O CONQUISTADOR DA AMAZÔNIA. teve sua vida inscrita no rol restrito dos grandes conquistadores da história humana, com lugar privilegiado entre os maiores heróis nacionais.

Nasceu em Portugal em 1570. Veio para o Brasil em 1607, contribuindo para a expulsão dos franceses do Maranhão, onde se tornou notável por sua intrepidez. comandou diversas batalhas navais contra os invasores estrangeiros. Em 1614, defendeu o forte da natividade do ataque dos franceses. Integrou a expedição que fundou belém em 1615. Foi promovido a capitão em 1618 e declarado capitão-mor do pará entre 1620-1621.

Em 1622, recebeu a missão de construir uma estrada ligando o pará ao maranhão, destruindo todos os fortins erigidos pelos ingleses, franceses e holandeses ao longo do baixo-Amazonas.

Em 1625, chefiou expedição ao rio Xingu para destruir o forte mandiutuba, construído pelos holandeses e expulsou os ingleses do forte torrego.

Em 1626 e 1628, chefiou expedições militares, nos vales dos rios Tapajós e negro. Com a notícia chegada em Belém de que os espanhóis estavam no alto-Amazonas, recebeu a missão de explorá-lo. aos 66 anos de idade, recebeu a patente de CAPITÃO-MOR E GENERAL DE ESTADO, com plenos poderes para levar a efeito sua missão. tal expedição seria o maior feito da vida de Pedro Teixeira, com a conquista da Amazônia para a coroa portuguesa.

Em 1637, partiu do Maranhão, com 70 canoas, das quais 45 eram grandes, com 20 remadores cada. O efetivo militar era constituído por 70 soldados e 1200 índios guerreiros, flecheiros e remadores indígenas. eram acompanhados por mulheres e filhos, o que elevava o efetivo total para cerca de 2.000 pessoas. seu destino final seria quito, no equador.

Chegou à foz do rio Napo em julho de 1638, depois de cerca de oito meses de viagem. Dali viajou ora a cavalo, ora no lombo de mula, ora a pé. Depois de um ano do início de sua viagem, foi recebido em audiência pelo governador em Quito. Depois de três meses de permanência em Quito, Pedro Teixeira deu início a viagem de retorno.

Na confluência do rio Aguarico com o Napo, junto à atual fronteira Peru- Equador, Pedro Teixeira, após travar combate, vencer e reduzir os índios los encabelados que destruíram grande parte de suas canoas, fundou o povoado luso-brasileiro franciscana, em homenagem a dois padres franciscanos mortos na batalha.

No dia 16 de agosto de 1639, à margem esquerda do rio Aguarico, Pedro Teixeira tomou posse da Amazônia daquele ponto para o leste, em nome do rei comum de Espanha e Portugal, em presença de militares da expedição e de religiosos espanhóis.

Após apanhar um punhado de terra e lançá-lo ao ar, proferiu, em altas vozes, as seguintes palavras de tão grande projeção nas dimensões continentais do Brasil e nos destinos de grandeza, sob deus, da nacionalidade brasileira:

“Tomo posse destas terras, pela coroa de Portugal, em nome do rei Felipe IV, nosso senhor, rei de Portugal e Espanha; se houver entre os presentes alguém que a contradiga ou a embargue, que o escrivão da expedição o registre, pois, presentes por ordem da real audiência de quito, encontram-se religiosos da companhia de jesus…”

O escrivão da expedição lavrou o termo de posse que foi assinado por todos os oficiais graduados da expedição. Pedro Teixeira chegou a Belém em 12 de dezembro de 1639, depois de 2 anos e 2 meses de  expedição. O termo de posse foi transcrito nos livros da provedoria e câmara do senado de Belém, o que serviria, mais tarde, de primeiro argumento da doutrina do “uti possidetis”, utilizado pela diplomacia brasileira, para comprovar a propriedade do território.

A relação de Pedro Teixeira com os indígenas foi marcante, sendo tratado por eles pelo nome de “Curiua-Catu, o bom amistoso homem branco”.

Em 1640, o general Pedro Teixeira assumiu as funções de capitão-mor do Pará. Neste período recebeu do rei Felipe IV da Espanha, o título de marquês de Aquella Blanca e foi nomeado governador do Pará.

Em 1º de dezembro de 1640, Portugal tornou-se independente da Espanha e tomou posse de uma “Colônia Continente” graças a expedição fluvial de pedro teixeira. após o descobrimento, esse é considerado o segundo maior feito da  história do brasil.

Faleceu em 6 de junho de 1641, com 71 anos, devido a uma rápida e insidiosa moléstia. Pedro Teixeira foi sepultado na catedral metropolitana de Belém, na entrada do rio Amazonas, que fora o cenário de suas glórias. Ele teve o privilégio de ser o primeiro luso-brasileiro a percorrê-lo oficialmente e a desvendar seus encantos e riquezas.

Pela expedição rio acima

Desde então, a Amazônia incorporou cerca de cinco milhões de quilômetros quadrados ao território brasileiro, ou seja, aproximadamente 60% do território do país.

Se não tivesse acontecido essa feliz e oportuna expedição rio acima, seguramente ela teria sido feita por espanhóis rio abaixo, e a atual Amazônia Brasileira teria sido conquistada para a Espanha. o exemplo dessa “facilidade” rio abaixo, foi a chegada de seis soldados espanhóis a Belém os quais o general Pedro Teixeira levou de volta como guias.

Na saga de construção do Brasil de nossos filhos e netos, nada é mais grandioso, épico e comovente do que a batalha para a integração e o desenvolvimento da Amazônia.

Tal batalha vem sendo travada há quase quatro séculos, com comovente determinação, audácia e patriotismo, onde se destaca a preservação da soberania brasileira, com seu desenvolvimento sustentável, sem destruição da floresta ou desamparo das populações indígenas.

Cabe destacar as palavras do general Rodrigo Otávio Jordão Ramos, que estruturou o dispositivo militar terrestre da Amazônia para sua defesa: “árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia. muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados em conquistá-la e mantê-la”.

A nacionalidade brasileira tem agradecido e imortalizado, de diversas formas, o feito extraordinário de Pedro Teixeira. O Exército, por exemplo, homenageou-o dando seu nome como denominação histórica do 2º Batalhão de Infantaria de Selva, sediado em Belém.

O Exército Brasileiro é herdeiro e continuador dos feitos desse herói da nacionalidade.

Hoje celebramos a sua glória, que cresce de projeção na atualidade, diante de tão grandiosos desafios.

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