Desde 2002, 650 mil toneladas de embalagens foram recicladas, evitando a emissão de 899 mil toneladas de gases de efeito estufa.
O Brasil é referência mundial quando o assunto é reciclagem de embalagens de defensivos agrícolas – 94% das embalagens colocadas no mercado são recicladas, transformadas novamente no mesmo produto ou incineradas em local apropriado. “A título de comparação, em 1999, 50% das embalagens vazias de defensivos agrícolas foram doadas ou vendidas sem controle, 25% tiveram como destino a queima a céu aberto, 10% foram armazenadas ao relento e 15% foram abandonadas”, pontuou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) é o responsável por integrar toda a cadeia agrícola, desde os fabricantes dos produtos até os agricultores por meio do Sistema Campo Limpo, garantindo destino ambientalmente correto de quase todas as embalagens plásticas primárias comercializadas. O sistema já processou e destinou corretamente, 650 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas desde 2002. Para Joaquim Leite, um case de sucesso dentro da Política de Logística Reversa brasileira e que serve de exemplo para o mundo. “Um modelo a ser seguido é o da indústria de defensivos agrícolas, onde tanto os produtores rurais, quanto os fabricantes, os revendedores e os recicladores trabalham juntos, há mais de 20 anos, para garantir o retorno praticamente total das embalagens utilizadas, fruto de um trabalho ambientalmente correto”, ressaltou.
Os benefícios ao meio ambiente são inúmeros. O programa de logística reversa de embalagens evitou, por exemplo, a emissão de 899 mil toneladas de gases de efeito estufa entre 2002 e 2021, o que corresponde a mais de 15 mil viagens em torno da terra de caminhão. Além disso, se essa emissão de gás carbônico tivesse acontecido, seria necessário plantar 6,5 milhões de árvores para compensar. A reciclagem também tem impacto na economia de energia que evitou, desde 2002, o consumo de 36 bilhões de megajoules de energia, que seria suficiente para fornecer energia elétrica para 5,2 milhões de residências durante um ano.
Sistema Campo Limpo
O Sistema Campo Limpo é o programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas, que tem como base o princípio das responsabilidades compartilhadas entre todos os elos da cadeia produtiva para realizar a devolução dos materiais. O sistema gera mais de 1,5 mil empregos diretos e formais e fazem parte mais de 260 associações de revendas e cooperativas. “Os resultados e contribuições que o Sistema Campo Limpo, a logística reversa das embalagens pós-consumo dos agrotóxicos, traz para o meio ambiente e sociedade brasileira, são fruto dos esforços e integração do agricultor, distribuidor, fabricante com o apoio do setor público. O setor representa cerca de 100% das embalagens que vão para o campo, mais entidades que representam todos os elos da cadeia produtiva”, explicou João Rando, presidente do Inpev.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente