O brigadeiro Isaías Carvalho, diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, comenta sobre os desafios dos jogos olímpicos deste ano.
As Olimpíadas de Tóquio começam em menos 100 dias, e parte da delegação que vai representar o Brasil tem um perfil específico: são os atletas militares de alto rendimento. Além de cumprir a rotina de treinos para disputar medalhas, eles recebem formação militar e passam por cursos de qualificação profissional.
Para os jogos olímpicos do Japão, o Brasil já conta com 44 atletas militares. Entrevistado do programa CB. Poder, uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, o brigadeiro Isaías Carvalho, diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, detalhou o trabalho desenvolvido pelas Forças Armadas em favor do esporte brasileiro.
Além dos 44 desportistas que já asseguraram vaga nas provas olímpicas de Tóquio, há 78 vagas em disputa por membros da corporação. Apesar deste ano as Olimpíadas ocorrerem com restrições em razão da pandemia de covid-19, o brigadeiro está otimista.
“Essas olimpíadas serão diferentes de todas as outras. A pandemia criou condições que interferem no treinamento, vão interferir também nas competições. É provável que não haja torcida nos estádios. Estamos buscando conquistar mais vagas na equipe, temos já 44 atletas militares no time brasileiro, queremos nos classificar ainda mais. Estamos otimistas, mas acho que vai ser uma surpresa para todo mundo, não sabemos o que será das olimpíadas no ambiente de pandemia”, afirmou o brigadeiro.
Esporte e emprego
Os atletas militares de alto rendimento permanecem por oito anos nas Forças Armadas. Nesse período, podem conciliar a atividade desportiva com outras ocupações. Muitos buscam uma especialização a fim de ingressar no mercado de trabalho. “Eles não têm que exercer uma outra atividade laboral complementar, porque estão recebendo um salário organizado. Podem fazer uma faculdade, um curso técnico e abrir o horizonte. A vida de um atleta de alto rendimento é curta, mas depois eles podem se destacar como técnicos ou até como dirigentes esportivos”, contou o militar.
Durante a entrevista, o CB.Poder exibiu depoimentos de atletas que estão em preparação para Tóquio. “Sigo trabalhando aqui no Rio de Janeiro, me preparando para o pré olímpico e em seguida para os jogos olímpicos. Se Deus quiser, vai dar tudo certo. Estou tomando todos os cuidados e seguindo todos os protocolos aqui”, contou a terceiro sargento Beatriz Ferreira, da Marinha do Brasil, atleta do box olímpico.
O terceiro sargento Pedro Gonçalves, também da Marinha, está confiante. “O treinamento está a todo vapor, e faltam 100 dias para esse evento incrível, para o qual estou me preparando há 4 anos e meio. Um dos maiores orgulhos da minha vida é poder representar a Marinha do Brasil, a bandeira nacional e poder chegar nesses jogos com as Forças Armadas”, revelou o atleta de canoagem slalom.
Assista à entrevista na íntegra:
Com informações do Correio Braziliense