Como estão funcionando as academias nesta pandemia, lugar onde buscamos saúde. Agora com 30% da capacidade e redução de horário
Academias são os espaços criados para realizar diversos tipos de atividades físicas. Hoje em dia academia é usado para clubes, estabelecimentos ou centros esportivos onde é necessário pagar uma importância para poder ter acesso a vários lugares de exercício físicos. Engloba diversas atividades físicas, como aparelhos de aeróbica, treinamento funcional, musculação, halteres, esteiras, entre outros.
Vamos conhecer dois proprietários de academias, que irão nos contar como está sendo o funcionamento delas, neste ano tão difícil para todo mundo.
LUILA NUNES TEIXEIRA
Educadora física e empresária
Academia Hera – Alegrete
“…As adequações na academia foram bem simples, no primeiro mês de pandemia, março, a academia ficou fechada, ficamos apreensivos porque não tínhamos nenhum caso de COVID-19 na cidade, além de estarmos com muito medo por causa de nossos parentes. Estávamos sem saber o que fazer, fomos nos informando, as questões da OMS e com todos os protocolos.
Formamos um grupo com os proprietários de academias, várias reuniões para chegarmos em um consenso de como montaríamos um protocolo de ação contra o Coronavírus e a favor da nossa área que é o exercício físico, onde a pessoa começa a aumentar a sua imunidade, mais qualidade de vida e saúde.
Propomos um número reduzido de pessoas, onde o distanciamento social fosse seguro e também o afastamento dos aparelhos.
Aderimos o decreto do prefeito, o uso de máscaras pelo professor e aluno. Mais adiante os profissionais com máscara de tecido e face shield (escudo facial que protege o rosto todo) para termos uma proteção maior. Uso de álcool gel em todos os ambientes da academia, higienização feita no mínimo 4 vezes ao dia e cada aluno deve higienizar o seu aparelho.
Estamos aplicando multas aos alunos que não usarem a máscara corretamente, ou seja, o pessoal está sendo obrigado a usar corretamente a máscara. A lotação não passa de 30%da capacidade pelo alvará dos bombeiros e quando a bandeira está vermelha, como nessa semana em Alegrete, nós estamos apenas com 15% dos alunos. Estamos trabalhando de uma forma bem cuidadosa.
Estamos priorizando a higienização do ambiente de forma geral, banheiros sempre limpos e dispondo álcool gel para os alunos, tudo muito seguro. Até agora, graças a Deus, não tivemos nenhum caso dentro da academia e pretendemos funcionar assim, até que saia essa vacina e a gente consiga respirar mais aliviados…”
FRANCISCO CARLOS CECCON SEVERO
Educador físico e pós-graduado em psicomotricidade
Academia Gym – Alegrete
“…Começamos o ano com toda esperança que fosse dar certo, mas a dificuldade começou em março com a pandemia se espalhando por todo o planeta e chegou na nossa cidade. Nossa dificuldade começou quando tivemos que fechar a academia em março. Os alunos tiveram que parar suas atividades físicas.
Voltamos a abrir no meio do mês de abril, ficamos 30 dias fechados, o pessoal acabou voltando em maio.
Mas nós precisávamos de um valor mínimo para manter a academia aberta, mas não alcançamos este mínimo, por não termos mais alunos suficientes e até hoje temos baixo fluxo de clientes. Tivemos que cortar vários gastos dentro da academia, eu mesmo como proprietário, não recebo desde março, vou fazendo um vale para me manter.
Por dois meses não conseguimos pagar o aluguel, mas conversando com o proprietário, ele deixou que pagássemos 50%, muitas contas foram adiadas, infelizmente.
As bandeiras estão funcionando assim: a laranja com 30% da capacidade e na vermelha, agora com a redução de horário, fechamos às 20hs, com distanciamento e baixa para 10% a capacidade, o que fica bem difícil de sobrevivermos. Tivemos que pegar um financiamento do FINAME, pra colocarmos as contas em dia. Está muito difícil para nós, precisamos com urgência de uma vacina…”
Edição: Dulce Maria Rodriguez
Fotos: Reprodução
