O evento foi realizado de 25/07 a 05/08 na Base Aérea de Campo Grande.
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O intercâmbio entre Unidades de Caça operadoras do A-29 Super Tucano, da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF do inglês – United States Air Force), foi realizado de 25/07 a 05/08, nas dependências do Esquadrão Flecha, na Base Aérea de Campo Grande (BACG), localizada em Mato Grosso do Sul (MS).
O evento contou com a participação de militares do Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1°/3° GAV) – Esquadrão Escorpião, Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (2°/3° GAV) – Esquadrão Grifo, Terceiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (3º/3º GAV) – Esquadrão Flecha e a comitiva do 81st Fighter Squadron, constituída por quatro pilotos e três graduados, entre eles o Comandante do Esquadrão, Lieutenant Colonel Michael Raabe, e o Major Aviador Felipe Luis de Oliveira Vilela, Oficial da FAB que há quatro anos trabalha junto à Unidade americana.
81st Fighter Squadron
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Com um legado que remonta desde o período da Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1942, o 81st Fighter Squadron já operou diversos vetores de caça, que incluem os clássicos P-40 e P-47, perpassando a nova geração de caças F-16, A-10, entre outros. O Esquadrão conta com experiência real de combate, havendo participado de conflitos como as Guerras do Kosovo, Iraque e Afeganistão. Atualmente, a Unidade opera o A-29 Super Tucano, assumindo a principal missão de prover treinamento e assessoramento (Air Advisor) para Forças Aéreas de países aliados.
Durante o intercâmbio, ocorreu uma série de aulas teóricas ministradas pelos militares americanos, bem como, discussões acadêmicas sobre a operação da aeronave e diversos voos de treinamento: de Apoio Aéreo Aproximado, de Escolta de Comboio, de Emprego Ar-Solo e de Reconhecimento Armado nos moldes utilizados pela USAF, em que os pilotos puderam compartilhar sua experiência adquirida em combate real, durante as surtidas no Afeganistão.
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Em contrapartida, os pilotos americanos puderam ter contato com a doutrina brasileira de voos de combate em layouts nos quais a USAF não emprega o Super Tucano. Vale destacar que os voos de treinamento combinaram pilotos brasileiros e americanos na cabine, compartilhando da mesma esquadrilha, fato que proporcionou elevado nível de ganho doutrinário, em cenário de conflito simulado. Envolvendo o total de 28 surtidas e mais de 40 horas de voo, nas quais se aplicaram, na prática, os fundamentos estudados para o combate.
Na percepção do Major Vilela, Oficial da FAB que opera no 81st Fighter Squadron, o intercâmbio promoveu frutos positivos para ambos os lados.
Fotos: BACG
Fonte: Força Aérea Brasileira