As lavouras de Canola sempre deixam o Rio Grande do Sul mais bonito com suas flores amarelas
Márcia Ximenes Nunes
A canola já era cultivada na Índia em 2000 a.C e foi introduzida na China e no Japão no começo da Era Cristã. É uma variedade melhorada da colza, uma oleaginosa cultivada desde a Idade Média.
O plantio da canola se desenvolveu muito no Rio Grande do Sul por causa do clima mais frio. Há mais de 30 anos a produção de vem crescendo no estado, onde se destaca sendo uma opção de diversificação para as culturas de inverno. Está crescendo cada vez mais o melhoramento para essa cultura, pois a canola pode aumentar o rendimento dos cultivos subseqüentes em até 20 %, ou seja, plantar milho, soja ou trigo na mesma área em que foi cultivada , vai aumentar a produção de grãos e o produtor terá um bom lucro final.
Acontece isso porque a canola auxilia no controle de doenças, gerando mais economia na lavoura e faz com que o solo tenha a ciclagem de nutrientes.
Você sabia que a cultura da canola tem uma grande importância mundial, na qual é a terceira oleaginosa mais produzida, atrás da soja e da palma de óleo.
Essa oleaginosa é rica em gorduras boas, sendo a base para a produção de óleos comestíveis, lubrificantes para as máquinas e farelo para ração de animais.
De acordo com a EMBRAPA, os grãos da canola produzidos no Brasil têm 24% a 27% de proteína e de 34% a 40% de óleo em sua composição.
O óleo é um dos mais saudáveis devido a sua alta quantidade de ômega 3 e ômega 6, gorduras monoinsaturadas e menor teor de gordura saturada.
O óleo de canola foi produzido a partir da vontade de se criar um óleo rico em ômega 3, para isso foi utilizada uma planta chamada colza, produzida no Canadá durante o final dos anos 1960 a 1970, porém a colza é bastante rica em ácido erúcico, que é tóxico para o ser humano. Por esse motivo, a fim de tornar o óleo seguro para a alimentação a planta foi melhorada geneticamente a fim de eliminar o ácido. Para ser considerado canola deve conter menos do que 1% de ácido erúcico. Esse óleo deve ser sempre consumido em quantidades adequadas.