As carretas puxadas por bois fizeram parte do crescimento do Brasil e no Rio Grande do Sul fizeram parte da Guerra dos Farrapos

 

Antigamente era comum ver nas cidades, principalmente no interior um carro de bois andando pelas ruas e estradas. Elas carregavam produtos que eram produzidos em sítios, roças e estâncias para venderem nas cidades, também carregavam panelas e outros utensílios na qual as pessoas precisavam para viverem, pois este era o meio de transporte na época.

As crianças naquela época gostavam de subir nas carretas, assim como nas charretes e carroças, tinha as charretes dos leiteiros que vinham do campo para na cidade entregar o leite de manhã cedo para tomarem o café antes de saírem para a lida.

Hoje em dia no interior do Rio Grande do Sul ainda encontramos carroceiros que vendem bergamota e laranja no inverno, nos bairros das cidades, levando um alimento saudável direto na porta das residências

As carretas ou carros de bois como chamavam foram os responsáveis pelo progresso  rural do Brasil, pois foi o pioneiro veículo de transporte que muitos agricultores possuíam. Usavam também para as famílias passearem nas casas mais distantes.

                                                                                                                  

No RS, durante a Guerra dos Farrapos, na qual durou 10 anos, em 1839, estava tudo certo para a invasão a Santa Catarina, os revolucionários de um lado Davi Canabarro que chefiava as tropas por terra e do outro o italiano Giuseppe Garibaldi que daria a cobertura devida pelo mar, atacando os povos da província. Um grande problema precisava ser resolvido, os dois lanchões da frota revolucionária estavam imobilizados na foz do rio Capivari, como a Lagoa dos Patos estava interceptada pela esquadra da União, restava a Garibaldi levar os lanchões por terra, porque sem eles  a tomada da província era impossível.

                                                                                                                     

A solução veio pelas mãos do mestre Joaquim de Abreu, carpinteiro de ofício e revolucionário por convicção, preparou dois estrados de vigamento reforçado, aparelhou troncos em formato de eixos e o resultado: dois carretões pesando de 12 a 18 toneladas, respectivamente. As 50 juntas de bois atreladas a cada carretão, e levaram os barcos por terra, após 6 dias de marcha chegaram até o rio Tramandaí.

No início do século XVI, o carro de bois era ainda absoluto no transporte de carga e de gente. No sul, no centro e no nordeste do país, era indispensável nas fazendas. No RS as carretas conduziam para a Argentina e para o Uruguai a produção agrícola e na Guerra do Paraguai transportaram munições e também serviam como ambulâncias.

Escritora

Márcia Ximenes Nunes

Post Author: Márcia Ximenes Nunes

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