Uma apresentação musical utilizando resíduos naturais da floresta marcou o encerramento das oficinas de Bioinstrumentos, neste sábado (28/12), no Parque Municipal do Mindu, localizado na rua Domingos José Martins, s/n, Parque Dez de Novembro, zona centro-sul de Manaus.
As seis oficinas foram realizadas na sede da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI), que resultou numa orquestra com 14 componentes, todos alunos da oficina. Durante as aulas, eles confeccionaram os instrumentos musicais utilizando sementes, ouriços, cuias e outros resíduos naturais da floresta.
De acordo com o médico Euler Ribeiro, reitor da FUnATI, as oficinas incentivam o envelhecimento saudável, promovendo a cultura e arte.
“É importante a realização de apresentações como esta que aproximam os nossos alunos das artes, da música. Esses elementos proporcionam um envelhecimento de qualidade, e é isso que a FUnATI promove desde sua fundação”, disse o gestor.
O curso, sempre ministrado pelo artista Celdo Braga, estimulou o processo criativo de confecção de instrumentos musicais de percussão e efeitos sonoros, utilizando organismos naturais que seriam descartados.
“O saldo é bem positivo. Chegamos a mais de 40 instrumentos musicais confeccionados durante as aulas que deram suporte à apresentação da orquestra dos bioinstrumentos. Essa orquestra conta com a presença de alunos de outras oficinas da FUnATI, como a de Musicoterapia e o Coral da fundação”, afirma o artista.
Música e fonte de renda
Além de preparar os alunos para o mercado artístico, a oficina também possibilitou uma fonte extra de renda com a confecção dos instrumentos musicais. É o caso das alunas Elenilda da Silva, Mazé Andrade e Izabel Sobral, que utilizaram as técnicas adquiridas na oficina para a venda dos instrumentos produzidos.
“A oficina me deu uma segurança, uma nova oportunidade de vida e oportunidade financeira também. Já fazia objetos reciclados e com o bioinstrumentos aprendemos a confeccionar os instrumentos musicais por meio da oficina. Eu me reuni com as meninas em casa e resolvemos elaborar esses instrumentos e vender a preços simbólicos”, contou Elenilda, que também faz parte do grupo de Teatro da FUnATI.
Para Celdo, a possibilidade de ganho financeiro para as alunas representa o êxito dos conceitos ensinados durante as aulas.
“A FUnATI, além de dar essa oportunidade de formar a orquestra dos alunos, cada aluno que se interessou e que foi aprendendo, também a construir, está nessa perspectiva de desenvolver um trabalho particular e deve fazer com esse aprendizado o que chamamos de economia criativa, ou seja, é o saldo positivo da oficina”, finalizou o músico.
FOTOS: Divulgação/ FUnATI