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Amazônia à Beira do Colapso: Alerta Científico Sobre a Irreversibilidade em 2025

Amazônia à Beira do Colapso: Alerta Científico Sobre a Irreversibilidade em 2025

Estudo da USP destaca que o enfraquecimento das correntes oceânicas e o desmatamento podem precipitar um colapso irreversível da floresta, uma realidade prevista desde 2023.

Um novo estudo direcionado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e publicado na revista Nature Geoscience traz a alerta preocupante sobre o futuro da floresta Amazônica: ela está se aproximando de um colapso irreversível, um cenário que vem sendo previsto desde 2023. As implicações deste estudo são profundas e preocupantes, especialmente para um dos ecossistemas mais vitais do planeta.

Os cientistas revelam que o enfraquecimento da Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico (Amoc) está desacelerando e, com o aquecimento global, pode chegar a um ponto crítico, desestabilizando o clima da Terra causando alterações nas correntes oceânicas, que, combinadas com o desmatamento, resultam em mudanças drásticas nos padrões de precipitação na região. O estudo sugere que a redução das chuvas no norte da Amazônia, juntamente com um aumento das precipitações no sul, pode desestabilizar áreas ainda preservadas do bioma, ameaçando sua capacidade de sustentar a vegetação necessária.

As regiões do sul e leste da Amazônia, que já enfrentam desmatamento extensivo, são particularmente vulneráveis. Mesmo com o aumento das chuvas, a pressão do uso do solo pode impedir a recuperação da vegetação, levando a um ciclo vicioso de degradação ambiental. Este fenômeno não afeta apenas a flora local, mas também impacta diretamente as comunidades que dependem da floresta para sua subsistência.

O estudo, conduzido pelo geólogo Thomas Akabane em sua pesquisa de doutorado, utiliza dados coletados de sedimentos marinhos que contêm pólen e microcarvão, oferecendo uma perspectiva histórica sobre os padrões climáticos que afetaram a Amazônia ao longo dos milênios. Análises de eventos climáticos passados, como o Último Máximo Glacial e o Heinrich Stadial 1, demonstram que a floresta já passou por mudanças significativas na sua vegetação, informações que são cruciais para projetar futuros impactos induzidos pelo aquecimento global.

Além disso, os pesquisadores enfatizam a necessidade urgente de integrar os impactos das mudanças climáticas e da degradação ambiental nas estratégias de conservação e políticas públicas. A pesquisa indica que a Amazônia está se aproximando de um “ponto de não retorno”, onde a confluência de fatores climáticos e humanos pode levar a um colapso irreversível.

Este estudo foi realizado em colaboração internacional, com a participação de cientistas da Alemanha, Suíça, França, China, Holanda e Marrocos. A urgência da situação é uma chamada para ações globais e coordenadas, visando mitigar os riscos climáticos e preservar um bioma que é não apenas um pulmão do planeta, mas também uma fonte vital de biodiversidade e recursos para milhões de pessoas.

O colapso da Amazônia em um futuro próximo não é apenas uma questão ambiental, mas também um desafio social e econômico que exige uma resposta imediata e eficaz. Proteger a Amazônia é garantir o futuro do planeta e das futuras gerações. O momento de agir é agora!

 

Texto: Emelin López

Fotos: Reprodução/Internet

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