Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), neste mês, aponta que o estado do Amazonas tem 15 oportunidades para ampliar e/ou diversificar exportações para a China até 2030. Entre os produtos com mercado potencial estão madeiras tropicais, minério, peixes ornamentais e insumos para indústria alimentar ou de bebidas.
O estudo “Exportações dos Estados Brasileiros para a China” foi feito pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), com apoio do Ipea e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), e analisa as exportações brasileiras para a China, com um recorte para cada unidade da federação, entre os anos de 2012 a 2021, além de projetar a variação das exportações até 2030.
Projeção
No caso do Amazonas, as exportações para a China entre 2012 e 2021 saíram de US$ 10 milhões para US$ 57 milhões, uma alta de 469%. Para fazer a projeção de aumento das vendas externas com a ampliação/diversificação de produtos, o estudo calculou a média anual de valores exportados entre 2012 e 2020 e comparou com a média projetada para 2030.
O valor médio das exportações no período analisado foi de US$ 26,9 milhões no Amazonas e a projeção é de que até 2030 essa média alcance US$ 36,6 milhões – um aumento de 36%.
Produtos
O estudo separou os produtos com potencial de exportações para a China em quatro categorias: manutenção, para aqueles já exportados; consolidação, para produtos cujas vendas atuais podem aumentar; recuperação, considerando aqueles que já tiveram venda externa que podem ser retomadas; e de abertura, com chances de ganhar o mercado chinês.
No Amazonas, a madeira tropical perfilada é a que apresenta potencial para abertura de mercado na China. Entre os produtos que podem ter suas vendas consolidadas estão insumos aromáticos para indústria alimentar ou de bebidas; gomas, resinas e oleorresinas naturais; minério de manganês e seus concentrados; madeira tropical (cedro, ipê, louro etc.) serrada, cortada ou em folhas; peixes e peixes ornamentais.
Recuperação
Com chance de recuperação de espaço no mercado chinês e de grande crescimento está o ferronióbio, hoje o principal produto da pauta de exportação do Amazonas para a China. O estado exportou média de US$ 22,2 milhões em ferronióbio entre 2017 e 2020 e pode aumentar essa média em 37%, alcançando US$ 30,4 milhões em vendas externas do produto em 2030.
A maior produção de ferroligas de nióbio no estado está concentrada no município de Presidente Figueiredo, na planta da Mineração Taboca. Com possibilidade de recuperação também estão os mercados de madeira serrada, com projeção de 32% de crescimento até 2030 e componentes para motores de pistão (+73%), entre outros.
Confira aqui o estudo Exportações dos Estados Brasileiros para a China na íntegra.
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