…”Não me perguntes onde fica o alegrete
Segue o rumo do teu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e de violão
Pra quem chega de rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o Sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no rio Ibirapuitã”…
Canto Alegretense – Neto Fagundes
Alegrete é o maior município da região sul do Brasil em área territorial, com mais de 7.800Km². Nossa população é de aproximadamente 72.500 habitantes e foi fundada em 25 de outubro de 1831.
As origens do Alegrete datam do início do século XIX, quando na conquista das Missões em 1801, os rio-grandenses conquistaram para a Coroa Portuguesa o território das missões jesuíticas ao norte do rio Ibicuí. Para assegurar essa conquista o governo português criou ao sul do mesmo rio, onde já havia um antigo Posto e Capela Missioneiro, uma guarda militar portuguesa no Inhanduí, em torno da qual formou-se a povoação (Povoado dos Aparecidos). Reergueram uma capela sob o orago de Nossa Senhora Aparecida, em 1805.
As continuas lutas de fronteira entre o Reino de Portugal e as Províncias Unidas do Rio da Prata, provocou o ataque dos uruguaios de D. José de Artigas e a queima da povoação e da capela (hoje conhecida como Capela Queimada) em 16 de junho de 1816.
O povoado mudou-se para a margem esquerda do rio Ibirapuitã e ali foram chegando até 22 de dezembro de 1816.
Abrigaram-se junto ao acampamento militar do Quartel General do capitão-general e governador Luís Telles da Silva Caminha e Menezes, o Marquês de Alegrete, que ao lado do general Joaquim Xavier Curado, do tenente-coronel José de Abreu, futuro Barão do Cerro Largo, e do general Tomás da Costa Rabelo Côrrea e Silva.
Começou a construção das moradias para os fugitivos do Inhanduí. Antônio José Vargas, senhor da sesmaria, foi o doador das terras onde está a nossa cidade. Mas o fundador legal de Alegrete foi D.Luís Teles da Silva Caminha e Menezes, quinto Marquês de Alegrete, por isso o nome da cidade. O lugarejo prosperou rapidamente e elevou-se a categoria de vila, em 25 de outubro de 1831.
Durante a Revolução Farroupilha, iniciada em 1835 a 1845, Alegrete foi a terceira capital da República Rio-Grandense (1842-1845), época em que o Rio Grande do Sul se separou das demais províncias do Império e criou um país chamada República Rio-Grandense. Em 1843, através de uma Assembleia Nacional Constituinte foi concluída e aprovada a Constituição da República, a primeira Constituição Republicana da América do Sul.
Todos os anos, no dia 20 de setembro, comemoramos o “Dia do Gaúcho”, onde os gaúchos desfilam pela cidade, cerca de 8.000 cavalarianos, de todas as idades, classes sociais e sexo, todos com a indumentária típica do gaúcho.
Alegrete é considerada a cidade mais gaúcha do Rio Grande do Sul. Onde o Tradicionalismo gaúcho é passado de pai para filho, por gerações.
Alguns ilustres alegretenses:
Mário Quintana – Um dos maiores poetas brasileiros;
Osvaldo Aranha – Advogado, político, diplomata e estadista;
João Saldanha – Jornalista esportivo e técnico da seleção brasileira de futebol;
Demétrio Ribeiro – Engenheiro, político e jornalista.
A economia de Alegrete é baseada na agricultura, pecuária e produção de lã.
A palavra Alegrete significa pequeno canteiro e jardins floridos.
“Ouve o canto gauchesco brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduí.