O ano de 2024 foi marcado por uma estiagem severa, agravada pelo aquecimento global, que desencadeou uma série de eventos climáticos extremos ao redor do mundo. No Amazonas, os impactos foram sentidos no agronegócio, com o PIB do setor registrando uma queda de 1,28% no segundo trimestre de 2024, de acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Fatores que Afetam a Produção
Entre as causas dessa retração está a redução da umidade no solo, que dificulta a aplicação eficaz de recursos e insumos, especialmente no manejo de pastagens. Para os produtores que atuam na pecuária, as adversidades climáticas elevam os custos de produção, impactando diretamente a criação de animais, como bovinos, suínos e ovinos.
Adaptação e Inovação
Os produtores têm buscado soluções inovadoras para lidar com as limitações impostas pelo clima. Na pecuária, práticas alternativas incluem:
- Alimentação diversificada: Combinação de pastagens com suplementos minerais.
- Rotação de pastagens cultivadas: Uso de culturas como aveia, capim-elefante, alfafa e soja, que demandam maior manejo e investimento.
Mesmo com esses esforços, a degradação do solo e a escassez de nutrientes dificultam a manutenção das pastagens naturais e cultivadas, aumentando a dependência de alimentos complementares, como feno e fibras, o que eleva os custos de produção.
Impactos Econômicos e Sociais
As dificuldades na manutenção das pastagens refletem-se em toda a cadeia produtiva:
- Aumento nos custos de produção: Tornando-se mais oneroso para pequenos e médios agricultores.
- Redução na capacidade de produção: Impactando negativamente a oferta de carne e leite.
- Queda na empregabilidade e renda rural: O setor enfrenta desafios para manter a geração de empregos e a sustentabilidade econômica das propriedades.
Desafios para o Futuro
Diante das mudanças climáticas, o setor agropecuário no Amazonas precisa investir em tecnologias sustentáveis e no manejo eficiente dos recursos naturais. Estratégias como a recuperação de áreas degradadas e a adoção de práticas agroecológicas são essenciais para mitigar os impactos e garantir a resiliência do setor frente a cenários climáticos extremos.
Texto: Ryan Jatahy
Fotos: Reprodução/Internet
