O grupo Doce Refúgio Meliponário Escola em parceria com o Idam realizou o 3° Módulo do Curso de criação de abelhas sem ferrão
Visando a expansão da atividade de meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) no município de Iranduba, o grupo Doce Refúgio Meliponário Escola (Dramel), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), realizou o 3° Módulo do Curso de Meliponicultura, com o tema ‘Multiplicação de colônias, controle de inimigos naturais e alimentação artificial das abelhas’.
A ação ocorreu na última sexta-feira (31/07), na propriedade Doce Refúgio Amazônico, localizada na rua Monte Castelo do ramal do Caldeirão, que fica no quilômetro 12 da rodovia Manuel Urbano, naquele município.
De acordo com o gerente do Idam em Iranduba, Jean Frank Magalhães, participaram do curso 32 pessoas, entre inscritos e ouvintes. “O objetivo do curso é fazer com que os participantes tenham um maior conhecimento da atividade para que eles possam criar as abelhas, em suas propriedades, tanto para o consumo quanto para a venda”, disse o gerente, ao destacar que o grupo busca essa qualificação para se tornar referência dentro do município como criadores de abelha sem ferrão.
Segundo Magalhães, o município possui, atualmente, 80 famílias trabalhando com a atividade. Essas famílias têm instaladas cerca de mil caixas racionais utilizadas para a criação das abelhas amazônicas, com mel de alta qualidade, e uma produção anual de 850 quilos de mel. O gerente ressalta que, este ano, o objetivo é dar foco na qualificação dos criadores de abelhas e, no ano de 2021, a expectativa é que tenham produções maiores, dado o conhecimento gerado durante os cursos.
Participaram do curso agricultores familiares dos municípios de Iranduba, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Urucará e Manaus. Até dezembro deste ano, o grupo Dramel e o Idam pretendem realizar mais cinco módulos do curso, um a cada mês, com a entrega de certificados. O próximo módulo está previsto para o dia 28 de agosto.
Agroecologia
A atividade de meliponicultura vem crescendo de forma bastante significativa no Amazonas e já é vista por muitos produtores rurais como uma alternativa de renda dentro dos conceitos da agroecologia. Conforme Magalhães, com o avanço da meliponicultura tende a crescer também o interesse dos agricultores em trabalhar com a agroecologia e produção orgânica.
Ele conta que, somente neste curso, tiveram 16 pessoas interessadas em adaptar suas atividades nos princípios da agroecologia. “A meliponicultura é considerada um dos pilares da agroecologia. Todo meliponicultor acaba por adotar a prática agroecológica já que a atividade de criação de abelhas exige o uso mínimo de insumos externos”, explicou.
Dramel
É um grupo de criadores de abelhas que se uniu para trabalhar a cadeia da meliponicultura no município de Iranduba. Participam do grupo um total de 100 pessoas, sob coordenação de técnicos e biólogos, entre eles os idealizadores do projeto, Joaquim Alberto, Gil Viana e João Fernandes. As atividades do grupo Dramel funcionam na propriedade Doce Refúgio Amazônico.
Texto com informação da Assessoria
Fotos: Divulgação Idam