
Após coletas e análises laboratoriais, a Adaf (Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas) descartou a suspeita de praga Greening ou Huanglongbing (HLB) em plantas de citros nas cidades de Rio Preto da Eva e Iranduba, distantes respectivamente 57 e 27 quilômetros de Manaus.
As amostras dos frutos com suspeita de infestação foram coletadas em novembro deste ano, em pomares de limão Tahiti daqueles municípios, após técnicos da autarquia detectarem sinais que remetiam à doença.
A colheita de amostras para confirmação ou descarte da suspeita para Greening é obrigatória sempre que sintomas compatíveis com a praga são verificados. Durante o processo, além da remoção de folhas e ramos, as amostras foram identificadas, georreferenciadas e um termo de colheita foi lavrado.
O laudo que apontou resultado negativo para a bactéria Candidatus Liberibacter spp., causadora da doença, foi emitido pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás (LFDA-GO), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Presente no Brasil desde 2004, a HLB, até o momento, não possui nenhum caso registrado no Amazonas. O engenheiro agrônomo da Gerência de Defesa Vegetal (GDV), da Adaf, Claudio Magalhães, explica que a Greening é considerada a pior praga para a citricultura mundial, pois causa danos expressivos aos pomares, impactando diretamente a economia.
“Sua introdução no Amazonas poderia acarretar enormes prejuízos aos produtores, bem como inviabilizar a produção na escala atual. Para se ter uma ideia, de 2008 a 2019, mais de 55 milhões de plantas de citros tiveram de ser erradicadas somente no estado de São Paulo devido ao HLB”, destacou.
No Amazonas, a Adaf é a responsável por garantir a defesa sanitária vegetal e assegurar a sanidade dos produtos vegetais destinados aos consumidores. Neste sentido, para prevenir a propagação da HLB pela ação humana, barreiras de vigilância agropecuária filtram todo o material que entra no estado.
FOTOS: Divulgação/Adaf