“Por isso um berro de boi nos toca tanto
e tão profundamente
Por isso somos guardiões de casas velhas
Almas de sesmarias e de estâncias
paredes que suportam seus retratos.”
Mãe Velha – Apparício Silva Rillo
Aqui no Rio Grande do Sul é assim, cultuamos a nossa tradição durante o ano inteiro, mas quando chega o mês de setembro, principalmente de 13 a 20, os gaúchos ficam mais tradicionalistas ainda, do que o normal. Saiba mais sobre o porquê de tanto apego ao pago
Foi na manhã de 20 de Setembro de 1935, o que marcou a história do Rio Grande do Sul, que era conhecido como a província de São Pedro do Rio Grande, no Brasil imperial. Motivados a rebelar-se contra o modelo de estado empregado na época, líderes dos liberais como Bento Gonçalves da Silva queriam um modelo de economia e política diferentes, com maior autonomia dos estados em relação à república.
Enquanto o principal produto produzido no Brasil era o Café, a província de São Pedro produzia o charque que era utilizado na alimentação dos escravos cafeicultores de Minas Gerais e São Paulo. O Câmbio e a carga tributária eram totalmente favoráveis à importação destes produtos de países como Uruguai e Argentina tirando os gaúchos da concorrência por conseguirem, estes países, preços mais baixos para a venda do produto.
Os conflitos começaram na Ponte de Azenha, na madrugada de 20 de setembro de 1835 e perduraram até 1945. Foi a maior revolução civil já vista no continente americano. Não houve um tratado de paz pelo simples motivo de que a república do Brasil nunca considerou o estado do Rio Grande como autônomo. O que aconteceu foi uma ata assinada em 25 de fevereiro de 45 pelos generais, coronéis e majores farroupilhas que se reuniram em Ponche Verde para analisar as condições para pacificação.
Três dias após, dia 28, o chefe do exército David Canabarro foi autorizado a divulgar o fim da guerra civil mais longa da história das Américas.
Por isso no RS cultuamos tanto nossas tradições e o principal motivo é que valorizamos tudo o que o nosso povo passou defendendo essas terras e toda a parte cultural que envolve a história dos gaúchos, temos orgulho dos nossos guerreiros que lutaram a pata de cavalo e com isso, chegamos ao tradicionalismo.
Fonte: http://www.patriapampa.com