Celso Voos Vieira, doutor em Geografia e professor em Saúde e Meio Ambiente da Univile, explica que uma praia é definida por ambientes dominados por ondas, com sedimentos grosseiros, areia ou pedras. De fato, a Vigorelli tem uma faixa de areia, o que está entre as características de uma praia.
Contudo, a região apresenta outros atributos que fazem com que se assemelhe mais a um manguezal, como a areia lodosa, sedimentos finos e matéria orgânica, além de espécies arbóreas, arbustos e outras plantas. Além disso, a “praia joinvilense” não tem predominância de ondas. O que ocorre são planícies de maré.
Temos uma faixa com baixa declividade, dominada por processos de maré, onde tem ocorrência de areia, porém muito com ocorrência de matéria orgânica e sedimentos finos, formando o ambiente conhecido como manguezal. Temos ocorrências de espécies arbóreas e algumas espécies arbustivas e de gramíneas. Então, isso é o que configura o ambiente da Vigorelli naturalmente.
Possui uma infraestrutura que recebe moradores e turistas, onde encontramos paisagismo, restaurantes, bares, área para banho, peixes e pescadores, barcos, lanchas e a balsa para atravessar para o outro lado.
Também o pessoal que lá habita encontra uma ave muito linda de cor vermelha, o Guará, que em frente aos morros e acima da agua.
Essa linda ave que se chama Guará ou Íbis-escarlate, também chamada de guará-pitanga ou guará-rubro, da família Threskiorthidae, é típica do Litoral Atlântico da América do Sul.
Sua reprodução é em regiões de mangue, no estado de Santa Catarina aparece na região de Joinville e na Ilha de São Francisco do Sul.
Mede de 50 a 60 centímetros, sua plumagem é de um colorido vermelho muito forte, por causa de sua alimentação à base de um caranguejo que possui uma grande quantidade de betacaroteno, sendo assim responsável pelo tingimento das plumas.
O Guará deixa o lugar mais colorido e a ave se sobressai na frente do verde dos morros do outro lado do mangue e sobrevoa as águas para se alimentar.