Brasília (DF) – O Brasil, com sua vasta extensão territorial que abrange diferentes biomas e regiões, enfrenta desafios que exigem uma abordagem abrangente e coordenada. Com dimensões continentais que se estendem por 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o país possui uma diversidade geográfica que vai desde a densa Amazônia até o árido sertão nordestino, passando por regiões costeiras e planícies centrais.
Nesse contexto, as operações em andamento pelo Exército Brasileiro refletem um esforço contínuo para enfrentar esses desafios, abrangendo tanto a segurança nacional quanto o apoio a comunidades isoladas e em situações de vulnerabilidade.
Entre essas operações, destacam-se a Ágata, Catrimani 2, Curaretinga IV, Taquari 2, Pantanal 2 e a Tocantins. Essas iniciativas compartilham pilares fundamentais, como a operacionalidade, a integração estratégica e o fortalecimento da presença da Força Terrestre nessas regiões.
Operação Ágata (Regiões de fronteira)
A Operação Ágata é parte das ações do Plano Estratégico de Fronteiras e visa combater crimes transnacionais, como tráfico de drogas, contrabando e imigração ilegal, em áreas de fronteira.
Essa operação envolve a integração entre diferentes forças, como as Forças Armadas, Polícia Federal e Força Nacional, com o objetivo de garantir a segurança em regiões de fronteira e coibir atividades ilícitas que ameaçam a soberania brasileira.
A operacionalidade é evidenciada pelo uso de equipamentos avançados e mobilização rápida de tropas, garantindo presença efetiva em áreas remotas.
Operação Catrimani 2 (Amazonas e Roraima)
Inicialmente, a Operação Catrimani teve como foco o atendimento a comunidades indígenas em áreas de difícil acesso na Amazônia, apoiando essas populações mais vulneráveis. Já a Operação Catrimani 2 tem como escopo o combate a atividades ilícitas em terras indígenas, em especial o garimpo ilegal.
O Exército Brasileiro atua em integração com órgãos de saúde, FUNAI, órgãos de segurança e outros setores governamentais para prover suporte logístico e médico, além de garantir a integridade dessas comunidades.
Considerando a dificuldade de deslocamento e atuação em áreas de floresta densa e de logística complexa, o emprego de tropas é um desafio constante. Contudo, a operacionalidade e o preparo constante do Exército Brasileiro superam as dificuldades impostas.
Operação Curaretinga IV (Rondônia e Acre)
A Operação Curaretinga IV visa a defesa das áreas de fronteira amazônica e o combate a ilícitos, como mineração em áreas não permitidas e a extração ilegal de recursos. Com foco na operacionalidade, essa missão exige coordenação precisa de tropas, o uso de tecnologias de vigilância e a integração com agências governamentais e forças policiais.
Os resultados da Operação Curaretinga IV são expressivos. As ações conjuntas dos órgãos de segurança pública e ambiental culminaram em apreensões de grande valor, com multas e confiscos que ultrapassaram a marca dos R$ 21 milhões. A operação demonstra a determinação em proteger o meio ambiente e combater o crime organizado na região amazônica
Operação Taquari 2 (Rio Grande do Sul)
A Operação Taquari 2 foca no apoio logístico às regiões do Rio Grande do Sul afetadas pelas enchentes. A presença do Exército é fundamental para a rápida resposta e integração entre autoridades locais e estaduais, com destaque para a operacionalidade das unidades que atuam em áreas de difícil acesso. Além do apoio humanitário, o Exército também ajuda a reestabelecer a infraestrutura e a logística locais.
Até o momento já foram empregados:
– mais de 34 mil militares;
– mais de 5 mil viaturas;
– mais de 3 mil horas de voo no esforço de resgate, transporte de donativos, transporte de medicamentos e evacuações aeromédicas;
Mais de 70 mil pessoas foram resgatadas e mais de 10 mil animais salvos;14 hospitais de campanha instalados; e mais de 60 mil atendimentos de saúde realizados.
Operação Pantanal 2 (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)
Focada no combate aos incêndios que assolam o bioma pantaneiro, a Operação Pantanal 2 tem como principal objetivo a preservação ambiental e a resposta rápida a emergências. A integração entre o Exército, Corpo de Bombeiros, Ibama e outras instituições é crucial para otimizar os esforços de combate ao fogo e de assistência às comunidades afetadas.
A operacionalidade se manifesta na mobilização de tropas especializadas em operações terrestres e aéreas, utilizando tecnologias de monitoramento ambiental para identificar focos de incêndio e atuar de forma eficaz.
Operação Tucumã (Região Norte)
A Operação Tucumã, que é um desmembramento da Operação Tocantins, é uma mobilização estratégica destinada a combater os incêndios florestais que devastaram áreas no estado de Tocantins e em outras partes da região Norte.
O Exército mobilizou soldados e diversos equipamentos – incluindo helicópteros, tratores, caminhões-pipa e veículos de transporte. Além disso, como parte da Operação Tocantins, tropas do Comando Militar do Norte estão mobilizadas para apoiar a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros Militares no combate aos incêndios na região de Marabá-PA e em outros municípios do estado do Pará.
Todas essas operações demonstram a capacidade do Exército Brasileiro de atuar em múltiplos cenários, reforçando a operacionalidade das tropas, a integração com outros órgãos de segurança e entidades civis, e a ideia força de servir à nação em todas as suas necessidades, sejam elas de defesa, proteção ambiental, ou apoio humanitário.
(*) Com informações do Centro de Comunicação Social do Exército