No Brasil, até então não existia nenhum protocolo padrão pelos órgãos competentes, a partir dessa situação foi desenvolvido um modelo para ser usado em todo o país, em situações semelhantes
A oitava “praga dos gafanhotos” contada na Bíblia, Deus enviou uma praga de gafanhotos para o Egito, porque Ramsés não atendeu suas ordens, enviadas por Moisés e Arão. Desde o início dos povos já haviam pragas de gafanhotos e hoje em dia com toda a nossa tecnologia não podemos perder pra esses insetos.
Os gafanhotos são polígafos, se alimentam de folhas de vários tipos de plantas tais como: citros, arroz, soja, pastagens, alfafa, eucalipto e outras. Uma densa nuvem de gafanhotos dessa magnitude pode terminar com a comida dos próprios animais silvestres.
Sindag com rodada de reuniões com mapa
No Brasil, até então não existia nenhum protocolo padrão pelos órgãos competentes, a partir dessa situação foi desenvolvido um modelo para ser usado em todo o país, em situações semelhantes.
O Sindicato Aeroagrícola do Rio grande do Sul teve encontros ontem (26) com entidades e especialistas, hoje (27/06) reúnem-se com empresas de aviação na fronteira e no dia 2 de julho com entidades da Argentina e Uruguai, para a elaboração de um plano estratégico nacional.
O Brasil e especialmente os gaúchos tem emergência nesse assunto, porque a gigantesca nuvem de gafanhotos está na Argentina e muito próximo da fronteira. Esses encontros abrangeram diretores do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e mais de 60 técnicos, pesquisadores e dirigentes de 30 entidades ligadas ao agronegocio de 17 estados; além de autoridades federais.
Eles tem como objetivo avaliar a situação atual do problema e definir os próximos passos na elaboração de um protocolo nacional de combate a gafanhotos.
Segundo informações do Serviço Nacional de Segurança e Qualidade Alimentar da Argentina (Senasa), ontem a nuvem de gafanhotos pousou na região e a chegada do frio na fronteira brasileira, podem impedir a nuvem de entrar no país.
Hoje, o sindicato vai se reunir com empresas aeroagrícolas em Uruguaiana (RS), fronteira gaúcha com Argentina. Também em julho terá um encontro com representantes dos Ministérios da Agricultura dos três países e dirigentes e empresas de aviação da Argentina e Uruguai, para avaliação das futuras ações conjuntas contra a praga.
As condições climáticas no Sul diminuíram as chances dos insetos entrarem no Brasil. Mas as autoridades seguem monitorando 300 Km de fronteira, a partir da Barra do Quaraí, na Fronteira Oeste do RS.
Estão começando um plano de ação contra gafanhotos que será entregue na próxima semana ao MAPA, esse plano será um legado importante para a agricultura brasileira.
As organizações estavam prontas para agir em casos de emergência, essa crise veio pra mostrar que faltava no Brasil um plano estratégico. A partir de agora muitas reuniões ainda serão marcadas para que se possa combater a praga e outras que poderão aparecer.
Edição: Dulce Maria Rodriguez
Fotos: Reprodução