…”Arma o laço, bota o laço
mostra que é taura de fato
campeiro pra ser campeiro
não deixa o boi ir pro mato”…
Uma das heranças do gaúcho é o amigo cavalo e com ele vem o laço companheiro das lidas campeiras desde o amanhecer até o anoitecer. Na estância o peão levanta cedo, faz o seu chimarrão, às vezes, toma solito com seus pensamentos ou na roda de chimarrão junto com os outros peões, tomam o café e vão se preparar para a lida campeira.
Depois encilha o seu cavalo, pega o seu chapéu e prende o laço nos arreios, pois o laço faz parte da sua lida diariamente, usa seu laço para laçar algum gado que desgarrou e também para praticar o tiro de laço, tanto para a lida como para participar de concursos e rodeios de tiro de laço.
O tiro de laço no Rio Grande do Sul é um esporte e não é somente um privilégio dos homes, as mulheres e as crianças também laçam e participam das lidas e de rodeios.
Essa categoria esportiva é uma paixão dos gaúchos e movimenta os rodeios em todos os municípios do estado. Esse esporte faz parte do tradicionalismo, hoje em dia são aproximadamente 100 mil competidores que correm atrás do boi em busca da laçada perfeita.
O laço é feito artesanalmente, tramando tento por tento é o amor a tradição passada de pai para filho.
…”Apeado junto a legenda
da tapera e do umbu
revivo em teu vulto nu
meu velho laço trançado
a glória de ser criado
no mesmo pago que tu
relíquia de couro cru
que já teve o seu passado”…
Escritora
