Essas calhas são as mais ‘quentes’ e onde o Exército tem feito as maiores apreensões de drogas na região amazônica
No Amazonas, o combate ao tráfico de drogas tem se dado mais intensamente nas calhas dos rios Japurá e Içá. São nessas áreas subordinadas à 16ª Brigada de Infantaria de Selva de Tefé, que se dá o combate permanente contra os narcotraficantes.
Segundo o general de brigada e comandante da 16 ª Brigada, Carlos Feitosa Rodrigues, todas as ações realizadas nesses dois rios são precedidas de atividades de inteligência, o que tem permitido boa performance contra os criminosos transnacionais.
O 8º Batalhão de Infantaria de Selva, localizado em Tabatinga, e os quatro pelotões especial de fronteira nos limites com o Peru (Estirão do Equador e Palmeiras do Javari) e Vila Bittencourt e Ipiranga, na fronteira com a Colômbia, formam o ‘braço de ferro’, que tem evitado que os narcotraficantes dominem o território nacional nessas áreas junto às fronteiras; onde o Exército tem poder de polícia em uma faixa de 150 quilômetros de profundidade.
A droga tem se deslocado nos principais rios do Alto Solimões, mas as apreensões em Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte têm se dado mais no varejo, em pequenas quantidades. O mesmo não ocorre nos rios Japurá e Içá, onde as apreensões de drogas superam toneladas.
Não tem sido fácil controlar 1.631 quilômetros de faixa de fronteira com os dois países, sendo com a Colômbia 530 quilômetros e com o Peru 1101 quilômetros. “Nós estamos articulados e mobilizados em 17 municípios, que é nossa área de atuação, e estamos alertas aqui em Tefé com o comando da brigada, onde a maioria das nossas organizações militares estão sediadas”, comentou o general de brigada.
O Comando Militar da Amazônia (CMA), sob o comando do general de Exército Estevam Theophilo, tem na 16ª Brigada de Infantaria de Selva a ‘ponta da lança’ de suas ações no combate aos maiores cartéis de drogas da região, que estão localizados no Peru e na Colômbia. Os narcotraficantes têm usado o território brasileiro como rota de transporte e distribuição da droga para os mercados nacional e internacional. Mas, com a atuação das forças especiais, comandos, pelotões especiais de fronteira e as demais unidades do CMA na área, eles tem encontrado enormes dificuldades para manter as rotas.
A apreensão de mais de 13,5 toneladas de drogas nos últimos dois anos evidencia que a guerra contra o narcotráfico vai continuar ainda mais dura. A 16ª Brigada de Infantaria de Selva está no centro desta luta na defesa da soberania nacional.
Texto: Antonio Ximenes / Fotos: Divulgação/Exército