O cooperativismo é o modelo de negocio cujo maior capital é o ser humano. A pluralidade de ideias, opiniões e visões nos torna fortes – e diferentes dos demais modelos econômicos – afinal de contas, um dos nossos princípios é a gestão democrática. E é, também, graças a essa característica que conseguimos, ao longo dos últimos anos, antever as crises e ajustar nossos processos. Agindo assim conseguimos passar pelos momentos de dificuldade e, ainda, obter números satisfatórios.
Segundo dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, divulgado em julho de 2019, pelo Sistema OCB, o movimento congrega mais de 1,2 bilhão de cooperados, em 150 países, com 3 milhões de cooperativas, gerando 280 milhões de postos de trabalho ao redor do mundo. As 300 maiores cooperativas do mundo têm um faturamento de US$ 2,1 trilhões.
Além de gerar trabalho, emprego e renda, nosso modelo de negócios transforma a realidade de milhares de brasileiros, todos os dias. Só nos últimos oito anos, o número de pessoas que se uniram a nós cresceu 62%, gente que veio cooperar por um mundo melhor. E uma das provas de que isso é possível é a quantidade de empregos gerados que aumentou 43%. E é assim, envolvendo cada vez mais brasileiros, que fortalecemos as cooperativas e o país. Aproximadamente 14 milhões de brasileiros são associados a 6.828 mil cooperativas, gerando mais de 425 mil empregos diretos.
Cooperativas de produção agropecuária destinam-se, essencialmente, a prover, por meio da mutualidade, o fomento relacionado às atividades agropecuária, extrativista, agroindustrial, aquícola ou pesqueira. São formadas por produtores agrícolas, pecuários, pescadores e/ou extrativistas. Com modelos de negócios presentes em diversas cadeias produtivas de grãos, oleaginosas, fibras, carnes, lácteos e outras, são responsáveis pelas operações de fornecimento de insumos, classificação, armazenagem, processamento e comercialização dos produtos de seus associados, gerando economia de escala nos processos de compra e venda, promovendo a agregação de valor à produção e uma atuação menos assimétrica e mais concorrencial no mercado. Se destacam também pela prestação de serviços de assistência técnica, transferência e fomento de tecnologias aos cooperados.
No Amazonas o movimento congrega mais de 10 mil cooperados, que são vinculados a 128 cooperativas, que juntas geram aproximadamente 2 mil postos de trabalho. Ainda é grande o desafio de disseminar a cultura de cooperação no Estado, e trabalhar a gestão e a governança das cooperativas em funcionamento, porém acreditamos que com o apoio do Governo e da sociedade é possível desenvolver a economia do nosso Estado através do cooperativismo.
Por José Merched Chaar
Presidente do Sistema OCB/AM
1 thought on “O cooperativismo como ferramenta de desenvolvimento do setor primário no Amazonas”
Jameswen
(abril 23, 2020 - 2:38 am)Thanks a lot! It is definitely an astonishing website.