
A Semana Santa é uma data marcada pela importância no cenário mundial e também é símbolo de entrega, sacrifício, memorial e união. Apesar do isolamento social, o amazonense não abre mão da tradição e comemora o tempo religioso consumindo alimentos saudáveis, entre eles, o tradicional peixe.
Ao contrário do que muitos estavam aguardando, a venda de peixe na sexta-feira santa não foi abaixo do normal e surpreendeu empresários. A vendedora de alimentos assados, Francisca Iracilda informou que na sexta-feira santa (10) vendeu mais de 300 peixes assados. A grande procura no feriado pegou a todos de surpresa pois projetaram uma venda abaixo do normal com a pandemia do Covid-19.
O cozinheiro industriário Arthur da Silva de 53 anos reuniu a família para degustar o melhor do peixe amazonense. Ele conta que comprou durante a madrugada na feira da Panair no valor de R$ 15 cada Tambaqui. Ele segue a tradição com a família e comprou para consumir durante toda a semana.
“O preço estava bom e como não podemos sair de casa por causa do vírus, aproveitei e abasteci logo para a semana. Comprar peixe sai mais barato no bolso e é mais saudável”, disse Arhur.

A tradição milenar
A culinária é ponto forte desta comemoração pois o consumo de alguns alimentos marcam com simbolismo e união familiar. O mais consumido já é conhecido pelos amazonenses. O tradicional peixe da semana santa vai além de uma simples tradição religiosa.
Segundo a história, comer peixe é tido como sacrifício, pois para os cristãos é época de consternação pela morte de Jesus Cristo. Comer carne vermelha deveria ser evitado, até porque a carne era considerada como artigo de luxo, ao contrário do peixe que era mais acessível, abundante e barato. Peixe era o prato principal dos humildes.
Na Quaresma, um período entre a quarta-feira de cinzas e a sexta-feira Santa adotada pelos católicos é relembrado o jejum de Cristo, com restrição à carne vermelha aos fiéis. O momento é de mortificação dos desejos do corpo e lembrança de um sacrifício maior.
A data não deve ser apenas lembrada pelo chocolate simbólico, mas valorizar produtores amazonenses. O peixe e os legumes são produzidos com muito carinho por eles para que a família consuma produtos de qualidade na mesa.
O hábito saudável
Alimentos saudáveis na mesa é importante não só como votos religioso, mas com renovação de esperança familiar em tempos de crise mundial. A saúde no prato é outro ponto de destaque.
A nutricionista Thamis Nunes, explica que a semana santa deve ser uma ótima oportunidade para repor nutrientes importantes para o corpo. Ela explica que para ajudar no sistema imunológico, é bom optar por alimentos ricos em vitaminas.

“Encontramos ômega 3 nos peixes, castanhas, amêndoas, nozes e sementes. Na preparação do peixe, podem ser incluídas hortaliças e verduras que são ricas em vitaminas do tipo A e C, e também em compostos bioativos e prebióticos”, disse a nutricionista.
Além dos benefícios já mencionados, Thamis explica que o consumo de alimentos saudáveis como o peixe, possuem relação direta com a redução do risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), doenças cardiovasculares e depressão, pois apresentam ácidos graxos poli-insaturados ômega-3.
“Destaco a sardinha, atum, pintado, arenque, anchova, tainha, bacalhau e truta. Além disso possuem um aminoácido chamado leucina que ajuda na manutenção da massa muscular, baixar os níveis de açúcar no sangue, aumenta as defesas do organismo e ajuda na cicatrização”, enfatizou Nunes.
Texto: Bruna Oliveira Fotos: Reprodução e Arquivo pessoal
Contato da nutricionista Thamis Nunes: [email protected]