O COTIDIANO NO CAMPO: As principais raças de ovino de lã em Alegrete

A criação de ovelhas de lã está na história da humanidade como sendo a atividade que garante a maior fonte de alternativas para subsistência, em Alegrete, a produção de lã é de aproximadamente 900 toneladas por ano.

Vamos conhecer as principais raças de ovinos de lã criados na região:

1. Merino Australiano

O merino australiano é uma raça de lã fina criada na Austrália que advém do cruzamento do Vermont americano e o Ramboulier francês. Essas ovelhas são menores em comparação às raças de carne, tendo o velo muito apreciado, um Merino Australiano é capaz de produzir até 3 vezes mais lã do que qualquer outra ovelha. Uma característica típica da raça é a presença de dobras na pele.

Dependendo do tipo de pelagem, existem três tipos de merino australiano:

Fino:

Ovelha de pequeno porte, caracterizada pela pelagem mais fina e delicada, pele sem dobras. O rendimento da lã de qualidade 70 é de até 5 kg.

Médio:

Ovelhas de tamanho médio com dobras no pescoço. A produção de lã de qualidade 64-66 é de até 8 kg. Este tipo é dividido em 2 subtipos: Pepin e Nonpepin.

Forte:

Animais grandes de pelo grosso, com lã densa de cor bege. O rendimento de lã de qualidade 60-62 atinge 10 kg.

Apesar das diferenças, cada um dos tipos de Merino possui lã de alta qualidade.

2. Ideal

O Ideal é originário da Austrália, onde é também pode ser chamado de Polwarth. É uma raça de duplo propósito, de lã fina, sem especificações de porcentagens, sendo um ovino de porte médio, bem constituído, com vivacidade e vigor, tem um velo volumoso, apresenta conformação bem equilibrada, rusticidade e produção de lã fina.

A raça é rústica, prolífera e sóbria e produz bem no sistema extensivo. Sua lã é de grande suavidade ao tato, de cor branca, com suarda translúcida e fluídica e bem distribuída, tendo rendimento ao lavado superior a 73%.

3. Corriedale

O Corriedale vem da Nova Zelândia, de um cruzamento do Merino com o Lincoln, possuindo também uma pequena percentagem de sangue Leicester e Border Leicester.
O raça precisa ter bom porte e deve dar a impressão de um animal de grande vigor e ótima constituição,  para a produção de carne e lã.

É um ovino de duplo propósito que apresenta equilíbrio zootécnico orientado 50% para a produção de lã e 50% para a produção de carne, devendo ainda ser um animal muito equilibrado, apresentando um esqueleto bem constituído e um velo pesado, extenso e de boa qualidade.

Sua lã é uniforme, extensa e com carácter, possui  mechas relativamente longas, bem constituídas, bem definidas, carnudas, densas e com ondulações pronunciadas e proporcionais a finura das fibras.

 

 

 

 

Este artigo é o quinto de uma série sobre o cotidiano no campo, fique ligado no portal para acompanhar todas as matérias sobre o assunto.

Post Author: Laura Dorneles

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