Mapa impede a entrada de mais de 20 mil mudas de orquídeas com praga no Brasil

A Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em São Paulo acompanhou a destruição de 20.580 mudas de orquídeas importadas de Taiwan e que tinham uma praga quarentenária inexistente no Brasil, a bactéria Dickeya fanzhogdai.

 

Ela provoca o apodrecimento da planta, se fosse introduzida no país, seria de fácil disseminação e de difícil manejo.

 

O controle da importação de vegetais é uma rotina do Mapa e evita prejuízos aos produtores rurais e a toda população brasileira. As mudas estavam em depósito isolado em Guararema e a destruição foi na tarde desta sexta (18) em Suzano.

 

Esse não foi o primeiro caso em que os laboratórios da rede oficial do Ministério detectaram esta praga. Em novembro, a bactéria foi identificada em um lote com 65.756 mudas de orquídeas importado por empresa de Holambra. Em janeiro, esse lote foi devolvido a Taiwan – todo o processo também foi acompanhado pela equipe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal  da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo.

 

O trâmite regular para importação de plantas inclui a coleta de amostra pela equipe do Mapa assim que o lote chega em portos ou aeroportos no Brasil. No caso das orquídeas, o Mapa fez a coleta no Porto de Santos.

 

“Enquanto o laudo não sai, o produto fica na chamada zona primária, um espaço no ponto de ingresso que armazena os produtos ainda não nacionalizados”, explica a chefe do Sisv em São Paulo, Carolina de Araújo Reis.

 

Como o custo é alto, e por se tratar de carga perecível, as empresas podem solicitar a liberação via termo de fiel depositário para manter a guarda em local próprio até que a análise da amostra seja concluída, com resultado conforme.

Quando a bactéria foi detectada, em janeiro, a Superintendência comunicou a empresa. O importador tinha duas opções: devolver as orquídeas ao fornecedor ou incinerá-las, seguindo as recomendações técnicas do Mapa. No dia 26 de janeiro, a equipe do Sisv-SP esteve no local para verificar as condições de armazenamento da carga e constatou que estava tudo correto. Com dificuldades para fazer a devolução, a empresa optou pela destruição.

 

Carolina explicou ainda que, quando o importador não cumpre as recomendações técnicas do Mapa, ele tem suspenso por um ano o benefício de liberação via fiel depositário e o produto importado precisa permanecer na área primária do porto ou aeroporto até a emissão do laudo. Além do prejuízo com a carga inutilizada, a empresa teve que custear a incineração que, em média, sai a R$ 15 mil para esse volume de produto. 

 

*Divulgação Mapa 

Post Author: Bruna Oliveira

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