BRASÍLIA- Diretor Executivo da ONG Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), Eduardo Ditt, recebeu R$410 milhões desde sua fundação , não soube explicar porque com tantas organizações ambientalistas que recebem bilhões de doações para proteger o meio ambiente e os índios , o desmatamento na Amazônia só aumenta e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região é um dos mais baixos do País. O Instituto Ipê recebeu , só do Fundo Amazônia em 2018, R$45 milhões para “gestão de terras” na região do Alto Rio Negro.
“O Fundo Amazônia financia aquelas ONGs, institutos que colaboram para a redução do desmatamento. O que vocês leem sobre desmatamento na Amazônia? Aumentando, aumentando, aumentando. Mas o Fundo Amazônia dá dinheiro para que eles diminuam o desmatamento. Só dá dinheiro para quem prova – está lá -, para quem comprova que colaborou para jogar menos CO2 no Planeta. Quer dizer, a gente vive num mundo deste de hipocrisia, gente!”, contestou o presidente Plínio Valério.
Ao defender o ecoturismo como gerador de renda na Amazônia, Ditt admitiu que isso não melhoraria a situação de pobreza dos amazônidas quando o presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB-AM) , e o relator, senador Márcio Bittar (UB-AC), o questionaram sobre se isso funcionaria sem estradas ou qualquer outra infraestrutura , que as ONGs barram.
Insistiu que na região do Baixo Rio Negro não existe necessidade de abrir novas estradas, e que, lá as atividades de turismo acontecem através dos rios. Mas admitiu que isso não resolve o problema da falta de atividade econômica dos moradores da Amazônia.
“Nasci na beira de rio, quer dizer, conheço aquelas cachoeiras. Nós precisamos de estrada em São Gabriel, sim! A gente precisa delas para ligar as etnias, as aldeias diretamente à sede ou a outra aldeia, porque é desumano enfrentar isso tudo . Aquele mesmo pessoal que o nosso convidado acha que não tem que ter estrada, não precisa. O ecoturismo não precisa de estrada. Bota o turista pra subir uma cachoeira daquela, mas não, eles vão botar sempre a gente pra carregar o peso. Nunca mais volta”, rebateu Plínio Valério.
Sobre os bilhões arrecadados pelas ONGs em nome da floresta e dos indígenas, Ditt argumentou que os recursos arrecadados não são suficientes para os resultados que prometem. Em resposta insinuou que as emendas parlamentares também podem ter seu resultado questionado.
“As vezes, parece muito recurso, mas, se a gente olha a dimensão, a abrangência dos projetos, é como se a gente fizesse um comparativo com emendas parlamentares. A gente sabe que existem bilhões sendo gastos mas pode dar a impressão de que, sendo elas de bilhões, como esses bilhões estão sendo gastos? Estão sendo desperdiçados?”, respondeu o diretor Executivo da Ipê.
*com informações da assessoria