O retorno é ainda temeroso pela pandemia do coronavirus mas os feirantes são otimistas e acreditam que as vendas vão melhorar
A Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem) tem duzentos e trinta e oito associados em sistema de produção familiar e está presente em nove municípios do estado do Amazonas, sendo que 50 associados trabalham direto nas feiras.
A Coomapem, surgiu há 50 anos, com o objetivo de explorar de forma sustentável a diversidade da região amazônica. Nasceu quando 84 produtores da Região do Médio Rio Solimões decidiram comercializar fibras de malva e juta, matérias primas amplamente utilizadas no mercado de sacarias para o armazenamento e embalagem de café, cacau, castanha e outros produtos.
Depois de mais de tres meses com as feiras suspensas pelo decreto da prefeitura de Manaus que proibia as aglomerações, na prevenção da propagação da pandemia, os feirantes retomaram as atividades mas faltaram clientes.
A presidente da Coomapem, Eliana Medeiros disse, que somente entre 30% e 40% dos clientes visitaram as feiras de produtos regionais da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas ADS e da Agromix, no estacionamento do Vitoria supermercados e da Universidade Nilton Lins.
Mas ela é otimista e acredita que “as vendas vão melhorando graças a Deus, nem todos os clientes voltaram, mas estão indo aos poucos”.
Os feirantes voltaram com as bancas lotadas de macaxeira, banana, mamão, limão, laranja, pimenta de cheiro, pimentão, quiabo, maxixe, abobrinha, cheiro Verde, cebolinha e maracujá, entre outros.
A Eliana deixou um recado importante para os consumidores “Não tenham medo de vir para ás feiras, o importante é se prevenir”, lembrando que o uso de máscara é obrigatório na feira.
Outros associados que não participam nessas feiras vendem seus produtos através da Coomapem para os programas governamentais ou direto na Manaus moderna, disse.
Além disso, tem agricultores focados na produção de fibra de malva e juta. “Está finalizando a safra é a estimativa de produção era de 2.500 toneladas.São mais de 1 500 famílias no estado que dependem da venda da fibra que dá origem às sacas”, explicou.
Idosos não compareceram
Para Viviane de Oliveira Rocha feirantes da ADS na capital, a retomada das atividades iniciou o sábado.”.Levando em consideração esse retorno ainda temeroso, a ADS fez um excelente trabalho na infraestrutura e divulgação das feiras”, disse Viviane.
Na Dona Célia, nome de seu empreendimento, a visita de clientes diminuiu. Comparando ao mês normal de feira chegaria a 60% do público.”Porém nosso público em sua maioria são pessoas idosas, são público de risco e estiveram ausentes”
Contou que aqueles clientes idosos que tem seu contato, continuam fazendo encomenda delivery.
Eles vendem goma fresca, Ovos Caipira R$ 25,00, ovos vermelhos R$ 15,00, ovos brancos R$ 14,00, goma de mandioca kg: R$6,00, farinha de tapioca L: R$ 5,00 e até baixaram os preços para motivar seus clientes.
Segundo Maciano da Dilva Peixoto, produtor que vende banana, mamão, macaxeira, maracujá e goiaba entre outros, a dificuldade maior se torna no transporte da mercadorias para as feiras. “Nos não temos transporte e dependemos da nossa prefeitura”, destacou.
Para Maciano as vendas vão melhorar aos poucos.
No caso de Junior Nascimento que comercializa hortaliças: pepino, cebolinha, cheiro verde, alface, couve, feijão de metro e macaxeira o problema maior é o pagamento. “Estávamos fornecendo para as feiras ADS do governo mas não nos paga desde fevereiro”.
Mas sua atividade não parou. No momento está vendendo apenas para Manaus moderna
Texto Dulce Maria Rodriguez
Fotos: Divulgação