As discussões em torno das mudanças climáticas tem encontrado espaço não apenas em grandes fóruns com a presença de ambientalistas, mas também em órgãos de controle. O Tribunal de Contas da União (TCU) realiza, desde segunda-feira (22) até sexta-feira (26) o WorkShop ClimateScanner.
O ClimateScanner é uma ferramenta que está sendo desenvolvida para que as instituições realizem uma avaliação global sobre as ações governamentais relacionadas às mudanças climáticas.
De acordo com o auditor-chefe de Meio Ambiente do órgão, Hugo Freire, os impactos a nível global sobre as mudanças climáticas devem acontecer dentro de órgãos como o TCU, porque o meio ambiente é interpretado como um patrimônio público.
“O meio ambiente é entendido como um patrimônio público, motivo pelo qual ele deve ser bem gerido. Motivo pelo qual atrai a competência de órgãos de controle como o TCU e onde se identifica as principais fraquezas e forças relacionadas às ações governamentais que fazem frente a mudança do clima. Principalmente porque a mudança do clima vai atingir os mais vulneráveis”, disse o auditor.
O TCU, que preside a Organização Internacional das Instituições Superiores de Controle (Intosai) e integra o Grupo de Trabalho de Auditoria Ambiental da organização, lidera o desenvolvimento da ferramenta.
O presidente do Tribunal, ministro Bruno Dantas, fez a abertura do encontro e destacou a importância das instituições de controle para a transparência dos governos e o aperfeiçoamento das políticas públicas relacionadas ao clima.
“Aproveitando sua expertise, as instituições podem identificar lacunas de implementação em seus respectivos países, informando tanto a comunidade internacional sobre aspectos críticos, como a disponibilidade e consistência dos dados relatados, bem como a eficácia das políticas adotadas pelos governos para cumprir as obrigações internacionais”, ressaltou.