Piscicultores de Manacapuru e Careiro Castanho recebem orientação técnica e 160 mil alevinos

O Secretário de Produção Rural Petrucio Magalhães disse que ensinar aos piscicultores como cuidar da produção vai trazer mais qualidade ao pescado

Piscicultores dos municípios de Manacapuru e Careiro Castanho foram beneficiados com 160 mil alevinos, 52 aeradores, 825 embalagens do tipo caixa em papelão e sacos de ráfia.

A iniciativa foi  da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), em ação conjunta com a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS). Para o titular da pasta, Petrucio Magalhães, mais do que a entrega dos alevinos, ensinar aos piscicultores como cuidar da produção vai trazer mais qualidade ao pescado. 

“Aqui no Careiro Castanho a piscicultura está se desenvolvendo, estamos fazendo entregas, fomento, com o Governo do Estado. Além dos alevinos entregues, estamos fazendo todo um trabalho de orientação técnica dos nossos engenheiros de pesca da Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa) e do Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas) para que esses alevinos venham a encontrar um ambiente adequado para sobreviver”, afirma Petrucio.

Os dois dias da ação contaram com diversas atividades. Na quarta-feira, em Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), os piscicultores beneficiados do Recanto da Rosa, no Km 05 da rodovia AM-352 (Manacapuru-Novo Airão), receberam 110 mil alevinos.

O dia 25/06 foi a vez dos piscicultores do Ramal São José, no Careiro Castanho (distante 88 quilômetros da capital), onde foram entregues 50 mil alevinos. Também na localidade, situada no Km 68 da rodovia BR-319, no Km 7,5 no ramal, os técnicos da Sepa demonstraram métodos de aclimatação de peixes e de análise de qualidade da água na piscicultura, em apresentação para os produtores assistidos pelo Idam.

Técnicas em prol da produção

O monitoramento e controle de qualidade da água e a aclimatação dos peixes estão entre as diversas técnicas empregadas na piscicultura a fim de aumentar a eficiência da produção. Segundo o engenheiro de pesca da Sepa, Andreson Amâncio, essas técnicas são comprovadas e eficazes para a produção.

“Aqui o produtor tem acesso à técnica validada cientificamente e de maneira prática, para ele aumentar sua destreza e capacidade de produção”, explica Andreson.

O monitoramento da água é feito pelos piscicultores por meio de equipamentos digitais ou kits colorimétricos, que permitem avaliar características químicas e biológicas que interagem individualmente ou coletivamente, influenciando no desempenho da produção. As principais variáveis físicas são temperatura, turbidez e transparência, e as variáveis químicas de interesse da piscicultura são oxigênio dissolvido, pH, alcalinidade, dureza e amônia. Em caso de alteração de alguma dessas variáveis, são utilizados mecanismos de correção para que a água retorne aos parâmetros desejáveis para o cultivo.

A aclimatação de peixes, por sua vez, é um procedimento que visa diminuir a mortalidade de peixes por choque térmico e qualidade da água. Ela consiste em manter os sacos onde se encontram os alevinos na água por cerca de dez minutos a fim de gerar o equilíbrio gradual da temperatura dos sacos transportes e do viveiro. Após esse período, abrem-se os sacos e adiciona-se a eles água dos viveiros por cerca de cinco minutos, depois do que os alevinos são lentamente liberados no viveiro.

Atenção à piscicultura

Para o piscicultor Manoel Alves, o recebimento dos alevinos, somado às técnicas aprendidas, vai contribuir para o aumento da produção em quantidade e qualidade.

“Essa entrega vai ser muito boa pra gente, e depois de saber dessas novas maneiras de cuidar da produção, vamos perder menos e poder produzir ainda mais”, disse.

O secretario executivo da Sepa, Leocy Cutrim, assinalou a maneira comprometida como o governo tem tratado a piscicultura.

“Nunca um governo de Estado trabalhou tanto em prol da piscicultura como o Governo do Amazonas atualmente, através das atividades realizadas pela Sepror”, destaca Leocy.

Dados

No total, a ADS, por meio do edital de credenciamento, já realizou a venda subsidiada de 535 aeradores, beneficiando 100 piscicultores de 20 municípios. Cerca de 80 mil embalagens do tipo caixa em papelão e 25 mil sacos de ráfia também já foram entregues para 300 produtores rurais do Amazonas. O edital, que está aberto desde novembro de 2019, está disponível no site da agência (www.ads.am.gov.br).

O investimento para a aquisição dos produtos foi de aproximadamente R$ 2 milhões em aeradores e de R$ 5.499.998,28 em embalagens do tipo caixa de papelão e saco de ráfia.

Até o momento, ainda há 69 unidades de aeradores do tipo 1,5 CV trifásico e 395 unidades de aeradores do tipo 1,0 CV monofásico. As embalagens disponíveis no edital são do tipo caixas em papelão e/ou sacos de ráfia de polipropileno, nos tamanhos 50 x 80cm e 70 x 100cm. Todos os produtores rurais e piscicultores do Amazonas, na capital e no interior, estão aptos a participar dos editais.

Texto com informação da Assessoria

Fotos: Calvin Paixão e Reizon Almeida

Post Author: Agro Floresta

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