Movimentos sociais e organizações da sociedade civil irão realizar, no próximo sábado (4), um ato em defesa do meio ambiente, da Amazônia e dos indígenas. O evento inicia às 9h e é uma alusão ao Dia do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. O ato ocorrerá na praça Heliodoro Balbi (praça da Polícia), no Centro de Manaus, e terá distribuição de mudas amazônicas, panfletos e manifestações artísticas.
Segundo a presidente do Sind-UEA (Sindicato dos Docentes da Universidade do Estado do Amazonas), Márcia Medina, o ato busca alertar para o avanço dos ilícitos ambientais (desmatamento, grilagem, garimpo ilegal) na Amazônia e o ataque sistemático aos povos indígenas que habitam esses e outros espaços. Ela também é egressa do mestrado em Direito Ambiental da UEA (Universidade do Estado do Amazonas).
“Nosso intuito é nos unirmos e juntos darmos um grito em favor da Amazônia, da preservação da biodiversidade e pela defesa dos povos originários que são os verdadeiros donos dessas terras. Como uma metrópole no meio da floresta, é nossa obrigação defendermos essa pauta e nos manifestarmos publicamente sobre isso”, afirma ela.
O ato ocorrerá no Projeto Jaraqui, já tradicional no Centro de Manaus. Serão distribuídas mudas de plantas e árvores amazônicas, além de panfletos informativos e de alerta para a questão ambiental. Haverá também discussões acerca dos principais ataques sofridos pela Amazônia e manifestações artísticas através da música.
Ameaças
Em abril, último mês da estação chuvosa da região amazônica, uma área de 1.197 km² foi desmatada na Amazônia, tamanho equivalente à cidade do Rio de Janeiro. O número é 54% a mais do que o registrado no mesmo período de 2021 e o pior percentual de desmatamento em 15 anos. Os dados são do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
Além do crescimento dos ilícitos ambientais, indígenas estão sendo ameaçados no Congresso Nacional com a tramitação dos projetos de lei 191/2020, que libera a mineração em terras indígenas, e 490/2007, que institui a “tese” do marco temporal, proibindo a demarcação de terras indígenas para os povos expulsos de seus territórios originários.
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