Exportação de aves e de suínos rende mais de US$ 2,6 bilhões para o Brasil no acumulado de 2020, número 3,7% menor em relação ao desempenho registrado no mesmo período comparativo
A avicultura de corte apresentou uma conveniente reação nos preços no decorrer da semana. Segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Iglesias, a retomada da atividade econômica em algumas regiões do Brasil, o relaxamento da quarentena motivou uma reposição mais efetiva entre atacado e varejo, possibilitando um movimento de reação nas cotações. “O consumo doméstico, porém, não retornará imediatamente ao patamar anterior ao da pandemia”, alerta.
Em relação aos custos de nutrição animal, os preços do milho cederam e a expectativa é de continuidade deste movimento, na medida que a colheita da safrinha avança no Centro-Sul. “Essa combinação de fatores permite a recuperação da margem operacional, bastante desgastada em 2020”, comenta.
Exportação com menor desempenho
No acumulado do ano, o volume exportado chegou a 1,764 milhão de toneladas, volume 4,9% acima do efetivado entre janeiro e maio de 2019, com 1,681 milhão. A receita do período chegou a US$ 2,697 bilhões, número 3,7% menor em relação ao desempenho registrado no mesmo período comparativo, com US$ 2,802 bilhões.
“A China fortaleceu sua posição como principal destino das exportações de aves e de suínos, e foi um dos impulsos para o bom desempenho dos embarques neste período. Esta é uma tendência que deverá se manter durante os próximos meses em relação ao mercado asiático”, analisa Ricardo Santin, diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Texto Dulce María Rodriguez com informação da Agência Safras
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