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A Sepror (Secretaria de Estado de Produção Rural) e o Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas), representados pelos respectivos titulares, Petrucio Magalhães Júnior e Tomás Sanches, ao lado de equipes técnicas, visitaram, na quarta-feira (31), o projeto-piloto de Bioeconomia, conduzido pela Associação Pró-Amazônia na rodovia BR-319, Km 150.
O trabalho, desenvolvido pela Associação Pró-Amazônia Urihiá, oriunda do Rio Grande do Sul, consiste em reflorestar áreas degradadas com árvores nativas, como açaizeiros, andirobeiras e castanheiras, tendo como objetivo o desenvolvimento humano sustentável e a geração de trabalho e renda, garantindo dignidade e segurança financeira e alimentar às famílias envolvidas.
“É impossível conter a degradação da Amazônia se não cuidarmos do homem. Precisamos manter o homem na floresta, garantindo a ele uma qualidade mínima de vida a ele”, enfatizou o brigadeiro José Hugo Volkmer, idealizador do projeto.
Diante das particularidades do solo amazônico, o Idam e a Sepror entram com a expertise técnica, na medida em que a obtenção dos resultados planejados requer estudo e orientação técnica.
A secretária executiva da Urihiá, Miriam Volkmer Destefani, explicou a origem e os objetivos da entidade, que investiu na compra dos terrenos, na preparação do solo e na produção de mudas.
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“Essa preocupação em contribuir com a Amazônia nasceu com um militar, o brigadeiro José Hugo Volkmer, ex-comandante do 7° Comar (Comando Aéreo Regional), que depois de ter morado aqui decidiu empreender para manter a mata em pé. Já fizemos o que podíamos, agora precisamos da ajuda da Sepror e do Idam para reflorestar e ensinar essas famílias a produzirem e sobreviverem do que plantam e cultivam, sem derrubar árvores”, explica.
Para o diretor-presidente do Idam, Tomás Sanches, a iniciativa da Urihiá tem, além do aspecto ecológico, uma grande importância socioeconômica, visto que essa região apesar de rica, tem produção rural quase que imperceptível.
“Com a capacidade técnica do Idam para desenvolver e produzir e da ADS (Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas) para comercialização, esse projeto pode render muitos benefícios e até ser ampliado para outras regiões do Amazonas ou da Amazônia. É manter a floresta em pé, é evitar o êxodo rural, é desenvolver social e economicamente as comunidades, é atrair os olhos do mundo de forma positiva. Só pontos positivos”, enfatizou Tomás.
A visita contou com representantes do Sistema Sepror; da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente); do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento); Sistema Sebrae; e Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), além de empresários de Manaus, de São Paulo e da empresa Be Brasil. A Urihiá é uma associação civil sem fins lucrativos, e todos os profissionais envolvidos atuam de forma voluntária.
FOTOS: Nailson Castro/Idam