Forças Armadas executam a 3ª fase da maior operação militar do Brasil em 2021

Batizado de Operação Meridiano, o exercício conta com a participação do Exército, Marinha e Aeronáutica.

As Forças Armadas iniciaram, nesta terça-feira (9), em Rosário do Sul-RS e Bagé (RS), a terceira fase da Operação Meridiano, a maior operação militar do Brasil em 2021. O exercício conjunto, sob a coordenação do Ministério da Defesa (MD), envolverá a participação de aproximadamente 5.000 militares, 1.000 viaturas, aviões e helicópteros da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB).

As Forças Armadas realizaram, na tarde de hoje, um treinamento aberto à imprensa no Campo de Instrução Barão de São Borja (Saicã), em Rosário do Sul-RS. Foram realizados demonstrações de ataque ar-solo, envolvendo aeronave da FAB; apoio de fogo, com aviões do EB; tiros de artilharia, morteiro 120mm, do veículo blindado Guarani e do Astros 2020; além da demonstração de descontaminação Nuclear, Biológica, Química e Radiológica. No dia 11/11, 30 militares do Corpo de Fuzileiros Navais, da Marinha do Brasil, executarão uma ação direta sobre estrutura simulada, no Campo de Instrução de Santa Maria.

A coordenação do exercício é realizada pelo Comando Militar do Sul (CMS), quartel-general do Exército Brasileiro localizado em Porto Alegre-RS. Entre os dias 5 e 14 de novembro, a operação testará a eficiência dos estados-maiores dos comandos executantes em um quadro de operações continuadas de alta intensidade. Será verificada a capacidade dos comandos executantes de manterem um nível adequado de consciência situacional. Os exercícios abordarão as áreas funcionais de pessoal, manobra, inteligência, logística, mobilidade e contra-mobilidade, comunicação social, assuntos civis e fogos.

Duas Divisões de Exército serão oponentes, com o desdobramento dos meios de comando e controle em uma manobra de movimento (200 km de frente por 150 km de profundidade). A atividade proporcionará a inserção de ações críticas conjuntas e singulares, como assalto aeroterrestre e aeromóvel, operações especiais e de informação, tudo em um mesmo contexto tático.

Essas divisões realizaram, previamente, atividades de simulação de combate em condições similares às exigidas para o EB, o que demonstra uma progressão no adestramento. A operação desenvolve a sinergia entre as Forças Armadas nos diversos níveis de Comando e é voltada ao processo de tomada de decisões com o adestramento dos Estados-Maiores, desde o nível Unidade até o Grande Comando, todos desdobrados no terreno. Este é um desafio para as Forças Armadas mais desenvolvidas do mundo.

Com o objetivo de avaliar e manter a interoperabilidade e a capacidade de pronto-emprego das Forças Armadas, a Operação Meridiano foi dividida em três fases. A primeira, chamada de Meridiano-Poti, ocorreu no Pará, ficou sob a responsabilidade da Aeronáutica com o uso de aeronaves, enquanto a segunda fase, conhecida como Dragão, pela Marinha, nos litorais do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Já a terceira etapa, sob responsabilidade do Exército, denominada Ibagé, no Rio Grande do Sul.

Post Author: Victória Rosas

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