Agricultura sustentável é destaque na agenda internacional do presidente da Embrapa

Uma agenda internacional voltada à sustentabilidade da atividade agropecuária e as estratégias da pesquisa brasileira, com foco na descarbonização no contexto da produção alimentos.

Esse é o principal compromisso do presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Celso Moretti, em agenda internacional de 24 de outubro a 14 de novembro.

Representando a ciência nacional, ele estará presente em alguns dos mais importantes fóruns sobre os desafios para o futuro global. As participações incluem eventos na Dinamarca, Escócia e Portugal, entre os quais a 26ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro.

Entre os dias 27 e 29, Moretti esteve na sede da Food Nation, parceira público-privada do governo dinamarquês que promove a imagem do agronegócio, em reuniões sobre oportunidades de cooperações entre os setores dos dois países. Além disso, participou como palestrante do seminário “A contribuição do Brasil e da Dinamarca para o desafio da oferta alimentar sustentável”, promovido com apoio do Ministério das Relações Exteriores e da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), pelo Brasil, e da Danish Agriculture and Food Council.

O evento destacou o diálogo entre os dois países sobre agricultura sustentável, diante das estimativas de aumento de 70% na demanda por alimentos até 2050.

“Como grandes produtores, Brasil e Dinamarca terão um papel muito importante no enfrentamento desse desafio”, comentou o presidente. Ele ressaltou que a adoção de políticas públicas e o desenvolvimento de tecnologias avançadas fazem parte do caminho rumo à segurança alimentar com sustentabilidade.

Em sua apresentação, Moretti priorizou a agricultura de baixo carbono como o caminho para a economia “net-zero”, conceito baseado na sustentabilidade. “A corrida em busca deste caminho já começou”, afirmou, referindo-se à totalidade das áreas cultivadas em diferentes países. O Brasil possui apenas 7,6% do território ocupado pela atividade agrícola, em relação aos 66,3% preservados.

“A inovação está no DNA da Embrapa, que tem contribuído com o desenvolvimento agropecuário brasileiro”, disse o presidente. Ele apresentou a estrutura da Empresa e as principais entregas ao longo de quase cinco décadas de pesquisa. Citou os avanços da ciência, como a fixação biológica de nitrogênio, os biofertilizantes e as recentes descobertas de microrganismos de interesse econômico em rios amazônicos. Explicou como o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC+) está ajudando o Brasil a mitigar as emissões de gases do efeito estufa, a partir de práticas de plantio direto, recuperação de pastagens degradadas, florestas plantadas e sistemas integrados, que correspondem a uma área de quatro vezes o tamanho da Dinamarca.

*Embrapa Fotos: Divulgação Embrapa

Post Author: Bruna Oliveira

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