Uma pesquisa realizada pela ABMRA (Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio), que teve prospecção e análise da RV Mondel, mostra que 78% das mulheres trabalham oito horas ou mais por dia na administração das propriedades rurais.
De acordo com a Sociedade Nacional da Agricultura, que divulgou o estudo, todos os estados brasileiros, culturas e populações foram envolvidos no levantamento.
“Segundo a pesquisa, a quantidade de horas trabalhadas pelas mulheres demonstra a força feminina no agro. O estudo também considerou o nível de escolaridade das mulheres. De modo geral, apenas 28% das mulheres tem superior incompleto ou superior completo. Apesar dos avanços, a pesquisa concluiu que o Brasil é muito grande e tem características regionais próprias, o que reflete na maior ou menor presença da mulher em postos de gestão ou liderança”, diz a SNA.
Levando em conta os estados, no Rio Grande do Sul, por exemplo, na produção de gado de leite, o levantamento revela que a mulher está presente em 88% das propriedades de pequeno, médio e grande portes. Já na cultura da soja, em Minas Gerais, apenas 2% das propriedades conta com a participação de mulheres no gerenciamento do negócio.
“Há décadas as mulheres estão presentes no campo, sobretudo nas pequenas propriedades. É inquestionável a marca feminina na evolução e no crescimento conquistados pelo agro brasileiro nos últimos 50 anos”, destaca o coordenador do movimento Todos A Uma Só Voz, Ricardo Nicodemos. “Nós, de fato, acreditamos que a participação da mulher é muito importante em nosso dia a dia. Por isso, dos nossos sete mentores, cinco são mulheres e uma delas uma produtora”, declara Nicodemos.
*Agrolink