Em continuidade à agenda promovida na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) com alunos do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) do 1º BIS – Batalhão de Infantaria de Selva – e do 12º BSup – Batalhão de Suprimento -, o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) recebeu, na sexta-feira (24), a comitiva de cerca de 80 integrantes do NPOR para apresentar a estrutura do Centro, as iniciativas voltadas ao fomento do segmento bioeconômico amazônico e as atividades desenvolvidas pelos profissionais que atuam no CBA com vistas ao desenvolvimento de diversas atividades ligadas à bioeconomia.
O gestor do Centro, Fábio Calderaro, fez uma breve apresentação sobre o CBA, as atividades realizadas no âmbito da instituição, os caminhos que fazem da bioeconomia o diferencial amazônico para o desenvolvimento sustentável da região e como o segmento econômico sustentável pode complementar as atividades hoje alicerçadas no modelo Zona Franca de Manaus (ZFM). “A Amazônia tem um diferencial comparativo que é a sua biodiversidade única no mundo e devemos aproveitar o diferencial competitivo, que são as indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), para fomentar um segmento econômico sustentável em toda a sua cadeia e que pode promover a interiorização do desenvolvimento, gerando benefícios para comunidades regionais e espraiando as riquezas geradas hoje e ainda concentradas no coração da Zona Franca de Manaus”, disse.
Em visita às juntas laboratoriais e ao Núcleo de Produção de Extratos (NPE), os integrantes da comitiva do NPOR puderam identificar os avançados processos desenvolvidos pelos pesquisadores do CBA e de que forma estes podem contribuir para a região, seja em apoio a atividades agroindustriais – com a identificação genética de exemplares biológicos de alta produtividade, por exemplo – seja na extração de essências de grande interesse comercial, produção de bioplásticos e obtenção de anticorpos para combate a doenças diversas, inclusive a Covid-19.
Os alunos do NPOR demonstraram grande interesse nas atividades demonstradas e buscaram mais informações, dentre outros temas, sobre como é feita a escolha dos projetos desenvolvidos dentro do CBA com vistas ao apoio no desenvolvimento das comunidades regionais. “Temos editais que selecionam os projetos que melhor se adequam à realidade amazônica, e isso é importante para melhor direcionarmos nossos esforços”, afirmou Calderaro, destacando avanços em regiões que já receberam ações diretas do Centro, como o município de Maués, no Amazonas, que subiu diversos degraus na produção e comercialização do tradicional guaraná local devido à agregação de valor promovida na região.
Privilégio
O Coronel Nilton Lins, comandante do 1º BIS, agradeceu pela oportunidade de poder conhecer in loco a estrutura do CBA e o que o Centro já promove e o que pode promover em benefício da Amazônia e do País. Para ele, muito se fala sobre “a biodiversidade gigantesca que tem a Amazônia brasileira, mas muitas vezes não se tem a visão clara do que fazer com isso e qual o benefício que pode advir dessa biodiversidade, em termos de tecnologia, insumos, indústria, comércio, empregos, bem-estar. Nesta agenda com o CBA pudemos visualizar na prática o potencial dessa biodiversidade em termos de resultados para a região, agregando valor aos produtos que todos conhecemos, como o açaí, por exemplo”. Segundo o Cel. Nilton, “o conhecimento adquirido ao longo da visita é um privilégio para poucos e a utilização das informações apresentadas muito pode contribuir para o desenvolvimento profissional dos alunos”.
Calderaro reforçou que os integrantes do NPOR “devem formar um grupo especializado de gestão em diversas áreas estratégicas do País em futuro próximo. Conhecer o que, de fato, é a bioeconomia e como ela pode alavancar socioeconomicamente o Brasil e o mundo pode ser o diferencial para tomadas de decisões que vão colaborar com toda a sociedade”.
Fonte: Centro de Biotecnologia da Amazônia.
Fotos: Márcio Gallo/ Suframa.