Na última segunda-feira (19), a comitiva da Organização das Nações Unidas (ONU) inspecionou o Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais de Forças de Paz, no Rio de Janeiro. A partir dessa verificação, chamada Visita de Avaliação e Assessoramento, a tropa poderá receber um certificado que atesta sua aptidão para emprego em futuras missões de paz. Foram cerca de quatro meses de treinamento dos 220 militares desta unidade militar.
O Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, e Oficiais-Generais da Defesa e da Marinha acompanharam a equipe da ONU, no Comando da Divisão Anfíbia, localizada na Ilha do Governador. Essa é a última tropa a ser verificada pela delegação, que está no País desde o domingo (11), para inspecionar unidades militares, sendo três do Exército, localizadas em Cascavel, no Paraná, e em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, e essa, da Marinha.
“Estamos aqui para mostrar a vontade política do governo, a importância que damos a essa certificação das Nações Unidas. A partir da avaliação positiva, estaremos prontos a atender o chamado para uma missão de paz”, ressaltou o Ministro Braga Netto.
Para mostrar à ONU a capacidade operacional do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais de Forças de Paz como Força de Reação Rápida, foi montada uma base operacional temporária, que dispõe dos meios de apoio que os militares necessitam para emprego em uma missão de paz. Esse espaço inclui desde itens básicos, como banheiros e barracas, até equipamentos de saúde e materiais para o trabalho.
Além disso, prevendo as necessidades de um país sem infraestrutura básica, também foi desenvolvido sistema de tratamento de água e esgoto. “O fato de ser autossustentável em campo, ou seja, não depender muito de recursos externos, é muito bem visto pela ONU”, enfatizou o Chefe do Centro de Operações de Paz de Caráter Naval, Capitão de Fragata (FN) Carlos Maia.
O Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Alípio Jorge Rodrigues da Silva, afirmou que a característica expedicionária é um dos destaques dessa unidade militar, ou seja, a capacidade de operar longe de uma base fixa, nos mais diversos terrenos. “Esse Grupamento Operativo apresenta a capacidade de ter versatilidade, flexibilidade, mobilidade e permanência para operar em uma área até o cumprimento da missão”, destacou o Almirante.
Na oportunidade, os representantes da ONU conheceram as viaturas blindadas da Marinha, chamadas “Piranha”, utilizadas para transporte de pessoal, e o Carro Lagarta Anfíbio (CLAnf). As autoridades presenciaram também simulações de controle de distúrbio e de ajuda humanitária, por meio de encenações como de distribuição de água e de orientação à comunidade sobre preparo de soro caseiro, prevenção à Covid-19 e outros temas.
O Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais de Forças de Paz foi treinado por instrutores do Centro de Operações de Paz de Caráter Naval, estabelecimento de ensino da Marinha que capacita militares para missões humanitárias.
Estiveram presentes o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General de Exército Laerte de Souza Santos, o Chefe de Logística e Mobilização, Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, o Chefe de Assuntos Estratégicos, General de Exército Eduardo Antonio Fernandes, o Chefe de Operações Conjuntas, Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, o Subchefe de Operações de Paz, Brigadeiro do Ar Maurício Ferreira Hupalo, e demais autoridades.
Fonte: Mariana Alvarenga / FAB.
Fotos: Igor Soares.